São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2002

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O PERSONAGEM 1

Para Tavares, decisão não deve ser mudada

RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governador José Reinaldo Tavares (PFL) disse ontem, momentos depois de receber a notícia da decisão do TRE-MA, não acreditar que haja mais instrumentos jurídicos para questionar sua reeleição no primeiro turno: "Eu acho que eles [coligação adversária] vão criar qualquer artifício jurídico ainda, no Tribunal Superior Eleitoral, não sei, mas é tudo protelatório, para manter um clima de tensão", afirmou.
Tavares, que já vinha dando entrevistas se declarando governador reeleito, disse ter desmontado toda sua estrutura de campanha e criticou Jackson Lago, que estaria "insuflando" a população contra o resultado das urnas: "Só lamentamos que o candidato Jackson Lago e o [Epitácio] Cafeteira [candidato derrotado ao Senado, também do PDT] estejam desesperados, não se conformem com a derrota grande que tiveram e fiquem insuflando o povo para ir a tribunal, para fazer pressão, eles estão passando de qualquer limite aceitável".
O governador disse ainda que a estratégia usada pelo PDT para tentar ganhar ainda no primeiro turno -que incluiu a renúncia, em prol de Lago, do tucano Roberto Rocha, que tinha cerca de 4% nas pesquisas- representou um "tiro que saiu pela culatra". Segundo Tavares, o PDT se fiou na avaliação "errada" de que Lago teria mais votos do que ele.
O governador voltou a afirmar que o pessebista Murad fez apenas duas exigências para retirar o recurso no TSE: reativar a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado e implantar o salário mínimo de R$ 280 no Estado -proposta que constava do plano de governo de Garotinho (PSB). Para opositores, a celeuma foi orquestrada para beneficiar Tavares.
Sobre a fundação, Tavares disse que a idéia já estava prevista em seu programa. Sobre o salário, afirmou: "Vamos estudar, acho que pode ser uma boa idéia".


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