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Família pede fim de sigilo de Justiça
DA REPORTAGEM LOCAL
A família de Celso Daniel entrou ontem com um pedido à 1ª
Vara Criminal da Comarca de Itapecerica da Serra para que haja a
suspensão do segredo de Justiça
do processo sobre o assassinato
do prefeito, ocorrido em 2002.
De acordo com a petição, a família alega que "não há razão legal ou fato que justifique tal segredo". O processo corre sob sigilo a
pedido dos advogados do empresário Sérgio Gomes da Silva, acusado na sexta-feira pelo Ministério Público de ser mandante do
assassinato do prefeito.
O processo foi aberto após denúncia do Ministério Público, em
abril de 2002, com base no inquérito da Polícia Civil, acusando
uma quadrilha da favela Pantanal
de ser autora do assassinato, que
teria sido um crime comum.
Na sexta-feira, promotores de
Santo de André apresentaram
aditamento à denúncia anterior,
incluindo Gomes da Silva. O corpo de Celso Daniel foi encontrado
em Juquitiba, na Grande São Paulo, cidade que está sob a jurisdição
da Comarca de Itapecerica.
Bruno Daniel, irmão do prefeito, afirmou no sábado que o pedido de queda do sigilo vai ajudar a
família a esclarecer pontos que
continuam sem resposta. Segundo ele, o PT não estaria colaborando com as investigações.
Segundo Ricardo Alvarez, vereador radical do PT de Santo André, ao pedir o fim do segredo de
Justiça, a família permite o acompanhamento do processo pela
imprensa e pela sociedade.
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