DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO

A Expo Fome Zero foi lançada como uma grande vitrine para a iniciativa privada que apóia a principal marca social do governo Lula, mas essa exposição de ações sociais bem-sucedidas está sendo alavancada em boa parte por empresas públicas.
BNDES, Eletrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras e Embrapa estão entre os expositores que mais darão dinheiro ao Fome Zero -o aluguel dos estandes irá para o programa.
Enquanto a maioria dos expositores ocupa espaços modestos (a partir de 9 m2), o BNDES, por exemplo, alugou 208 m2 para apresentar seu Programa de Apoio a Investimentos Sociais de Empresas. Entre os 110 expositores, há ainda empresas privadas de peso, como Pão de Açúcar, Nestlé, Coca-Cola e Unilever.
O metro quadrado custa R$ 290. A Francal Feiras, que organiza gratuitamente o evento, não diz quanto espera arrecadar.
A exposição ainda quer atrair novos parceiros. Desde setembro, o volume de doações em dinheiro de empresas para o Fome Zero praticamente deixou de crescer.
"O programa teve seus percalços no primeiro ano. Mas apoiamos programas sociais independentemente da bandeira do Fome Zero", diz Maria Cláudia Souza, da multinacional Unilever.
(RICARDO WESTIN E FLÁVIA MARREIRO)


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