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Choque fiscal
no ES marca
nova gestão
da Reportagem Local
O governador José Ignácio
(PSDB) priorizou o combate ao déficit público estadual nos seus cem
primeiros dias à frente da administração do Espírito Santo.
O setor que mais sofreu cortes foi
o do funcionalismo público. No
início do ano, a folha de pagamento do Estado consumia cerca de
95% da receita líquida.
Para tentar se ajustar à Lei Camata, que prevê a destinação de no
máximo 60% da receita para o pagamento de funcionários, Ignácio
tomou medidas radicais, como o
contingenciamento de até 20% dos
salários dos servidores que ganham mais de R$ 400 e redução de
até 30% da jornada de trabalho.
Outra medida radical foi a adoção de um programa de licença especial remunerada, que prevê o
pagamento de 30% do salário no
primeiro ano de afastamento, 20%
no segundo, 10% no terceiro e 5%
no quarto ano.
Com isso, o governo conseguiu
reduzir para R$ 36 milhões mensais um déficit que estava estimado
em R$ 65 milhões ao mês.
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