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Governo de PE criticou antecessor
da Agência Folha, em Recife
O governo de Pernambuco transformou a solenidade dos cem primeiros dias da atual administração
em palco para apresentação de série de denúncias contra o ex-governador Miguel Arraes (PSB).
Balanço divulgado pela comissão
de reforma do Estado dedica oito
de suas dez páginas para detalhar
acusações de irregularidades contra a administração anterior. Nas
duas páginas finais, explica as providências adotadas até agora.
O governo Arraes é acusado de
superfaturar contratos de aluguéis
e obras, compra merenda escolar e
de desviar recursos.
O ex-governador também é responsabilizado por "elevar a dívida
do Estado, de R$ 981 milhões para
R$ 3,27 bilhões", e de pagar, de
"forma irregular", R$ 3 milhões a
hospitais, "inclusive com falsificação de assinaturas".
As acusações, afirmou o vice-governador, José Mendonça Filho
(PFL), "ajudam a entender" a opção de priorizar a contenção de
despesas nesse início de governo.
O governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) cortou 2.000 cargos
comissionados, reduziu em 25% os
gastos com prestação de serviços e
aumentou a alíquota da previdência estadual paga pelos servidores.
O funcionalismo reclama das
medidas e ameaça decretar greve
geral. Várias manifestações públicas já foram realizadas. Cerca de
60% dos servidores ainda não receberam o salário de dezembro.
Arraes afirmou que desconhece
o "teor exato" das denúncias, mas
que não acredita nas acusações.
Para ele, os ataques "têm caráter
meramente político".
"Espero que o governo atual venha a público para mostrar o que
fez e não para fazer chafurdação
política", declarou.
(FÁBIO GUIBU)
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