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Um incêndio na madrugada de ontem destruiu um terço dos arquivos do BEG (Banco do Estado de Goiás) em Goiânia. A polícia de Goiás investiga a possibilidade de o incêndio ter sido criminoso.
Segundo Cleuzo Omar Nascimento, diretor-geral da Polícia Civil de Goiás, o resultado da perícia deverá ficar pronto até amanhã.
Pelo menos três escândalos envolvendo operações no BEG estão sendo investigadas pelo Ministério Público e pelas polícias Civil e Federal. Há suspeita de envolvimento de políticos do PMDB goiano.
"Se esse incêndio foi criminoso, a pessoa não atingiu o seu objetivo. O material queimado foi todo microfilmado", disse Nascimento.
O fogo destruiu cerca de 1 milhão de documentos, como fichas de cadastro de clientes, cheques, ordens de pagamentos, guias de depósitos e notas promissórias.
Por volta de 1h de ontem, o alarme eletrônico da empresa Graham Bell, responsável pela segurança do arquivo, foi acionado. Uma equipe foi até o local, mas não percebeu indícios de incêndio, segundo o delegado. "Houve falha da empresa, que não fez a verificação corretamente", disse Nascimento.
Os vizinhos chamaram os bombeiros, que chegaram ao local minutos depois das 2h. O fogo só foi controlado por volta de 6h.
Segundo relato de pessoas que foram ao local do incêndio, documentos do arquivo voavam pelas ruas próximas ao prédio. Os bombeiros acionaram o serviço de limpeza pública de Goiânia para recolher o material.
O governador Marconi Perillo (PSDB-GO) evitou relacionar o incêndio com as supostas irregularidades no BEG. (LUÍZA DAMÉ)


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