DA REPORTAGEM LOCAL

Aos quatro anos, Daniella Cristina da Silva, 21, foi desenganada pelo médicos. Vítima de uma hepatite do tipo A com complicações variadas, todos davam como certa sua morte. Segundo a família, quinze dias após o início da novena e tomar as pílulas de Frei Galvão, Daniella deixou o hospital sem seqüelas. Seu caso foi reconhecido pelo Vaticano como o primeiro milagre do frei, responsável por sua beatificação, em 1998.

 

FOLHA - Você sente que tem uma responsabilidade maior por ter recebido uma graça?
DANIELLA - Sem dúvida. Sinto uma responsabilidade enorme nas minhas costas. Todos ficam de olho no que faço, tenho de pensar em tudo que falo e até no que faço. Agora, por exemplo, tenho que escolher direito a roupa que vou usar na cerimônia da canonização. Costumo usar jeans, salto alto, blusinha mais decotada e terei de ir com uma mais recatada.

FOLHA - Você vai à missa toda semana?
DANIELLA - Não vou. Eu ia quando era criança e até pensei em ser freira. Na época da beatificação, ia muito ao mosteiro, achava a vida das irmãs muito boa e dizia que queria ser igual.

FOLHA - Alguma vez já tomou as pílulas?
DANIELLA - Muitas vezes, nem sei quantas, mas nunca para mim. Agora vou começar uma para eu conseguir emprego.

FOLHA - Para você, sua cura foi um milagre?
DANIELLA - Foi sim e Frei Galvão, para mim, já era santo, nem precisava de canonização. (DT)


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