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A visita do papa
Record, da Universal, defende o aborto na cobertura sobre o papa
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
No segundo dia da visita do
papa ao Brasil, a "guerra santa"
na TV teve capítulo importante: a Record, do evangélico Edir
Macedo (Igreja Universal do
Reino de Deus), declarou-se favorável ao aborto, condenado
por Bento 16 na visita ao país.
O "Jornal da Record", principal telejornal da emissora, concentrou a cobertura do papa na
polêmica do aborto e fez uma
edição claramente contrária à
posição da Igreja Católica.
Repetiu declaração do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, de que quem não reconhece que essa é uma questão
de saúde pública "está delirando", "surtou" ou tem "algum
problema de confusão mental".
Além de entrevistar católicas
favoráveis "à liberdade para a
interrupção da gravidez indesejada", afirmou que o Instituto Ressoar, projeto social da
Record, defende o aborto. Mostrou uma campanha do instituto no qual uma mulher pergunta: "Será que não posso decidir
o que fazer com o meu corpo?"
A peça se encerra com a frase:
"Aborto. Porque toda mulher
sabe o que é importante". A reportagem seguiu com enviado à
Cidade do México, onde o aborto foi aprovado. Foi entrevistada uma deputada que "culpou a
Igreja Católica por interferir
nas decisões do povo mexicano". Outra disse que "a Igreja
Católica é preconceituosa".
O "Jornal Nacional" também
destacou a polêmica do aborto,
mas ouviu os dois lados.
À tarde, as TVs tentavam fazer de Bento 16 um papa pop.
Mas Ratinho, em entrevista à
Band, deu a senha: "O outro papa era mais jeitoso. Mas esse aí
também é bem intencionado".
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