São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007

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CPI convoca pilotos do Legacy para depor

Norte-americanos dificilmente voltarão ao país; comissão também chama presidentes da Embraer, da Gol e da Anac

Investigação da CPI começa na semana que vem com uma visita ao Cindacta 1, que controla quase metade do tráfego aéreo no país


FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI do Apagão Aéreo aprovou ontem as 12 primeiras convocações para depoimentos, entre elas a dos dois pilotos do jato Legacy, que se chocou com o avião da Gol em setembro de 2006, matando 154 pessoas.
Dificilmente os norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino virão ao país, embora tenham prometido colaborar com as investigações.
Theo Dias, advogado dos pilotos, disse que não considera a CPI o foro adequado para a investigação. "Ela é instrumento político para sugerir medidas para aprimorar o setor aéreo."
Semana que vem os deputados visitam o Cindacta 1, em Brasília, que controla quase metade do tráfego aéreo. Até agora, as três sessões da CPI foram consumidas com debates.
No dia seguinte deve ocorrer o primeiro depoimento, do delegado da Polícia Federal Renato Sayão, responsável pelo inquérito sobre o acidente. Na quinta será a vez do coronel Rufino Ferreira, que investiga o caso pela Aeronáutica, e do brigadeiro Jorge Kersul, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Será a primeira vez que militares sentarão numa CPI da Câmara como convocados.
Outros chamados são o presidente da Embraer, Frederico Curado, da Gol, Constantino Oliveira Júnior, da Anac, Milton Zuanazzi, e dois controladores de vôo, Jorge Botelho e Wellington Rodrigues. A CPI também pediu relatórios da PF, da Aeronáutica e do TCU.
Sem barrar a CPI do Apagão Aéreo no Senado, o governo crê que as denúncias na Infraero podem atingir a oposição. "As obras nos aeroportos foram feitas em convênio com os Estados", disse o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).
Ele se referia aos oposicionistas Marconi Perillo (PSDB-GO) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que são ex-governadores. Para o líder do DEM (ex-PFL), José Agripino, o governo mostra desespero.


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