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CPI convoca pilotos do Legacy para depor
Norte-americanos dificilmente voltarão ao país; comissão também chama presidentes da Embraer, da Gol e da Anac
Investigação da CPI começa na semana que vem com uma visita ao Cindacta 1, que controla quase metade do tráfego aéreo no país
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CPI do Apagão Aéreo aprovou ontem as 12 primeiras convocações para depoimentos,
entre elas a dos dois pilotos do
jato Legacy, que se chocou com
o avião da Gol em setembro de
2006, matando 154 pessoas.
Dificilmente os norte-americanos Joseph Lepore e Jan
Paul Paladino virão ao país,
embora tenham prometido colaborar com as investigações.
Theo Dias, advogado dos pilotos, disse que não considera a
CPI o foro adequado para a investigação. "Ela é instrumento
político para sugerir medidas
para aprimorar o setor aéreo."
Semana que vem os deputados visitam o Cindacta 1, em
Brasília, que controla quase
metade do tráfego aéreo. Até
agora, as três sessões da CPI foram consumidas com debates.
No dia seguinte deve ocorrer
o primeiro depoimento, do delegado da Polícia Federal Renato Sayão, responsável pelo inquérito sobre o acidente. Na
quinta será a vez do coronel
Rufino Ferreira, que investiga o
caso pela Aeronáutica, e do brigadeiro Jorge Kersul, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
Será a primeira vez que militares sentarão numa CPI da Câmara como convocados.
Outros chamados são o presidente da Embraer, Frederico
Curado, da Gol, Constantino
Oliveira Júnior, da Anac, Milton Zuanazzi, e dois controladores de vôo, Jorge Botelho e
Wellington Rodrigues. A CPI
também pediu relatórios da PF,
da Aeronáutica e do TCU.
Sem barrar a CPI do Apagão
Aéreo no Senado, o governo crê
que as denúncias na Infraero
podem atingir a oposição. "As
obras nos aeroportos foram feitas em convênio com os Estados", disse o líder do governo,
Romero Jucá (PMDB-RR).
Ele se referia aos oposicionistas Marconi Perillo (PSDB-GO) e Jarbas Vasconcelos
(PMDB-PE), que são ex-governadores. Para o líder do DEM
(ex-PFL), José Agripino, o governo mostra desespero.
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