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SAIBA MAIS
Entenda a proposta que trata da autonomia do BC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A PEC (proposta de emenda
constitucional) que trata do sistema financeiro e da autonomia do Banco Central está
pronta para ir ao plenário da
Câmara desde novembro do
ano passado, mas não há acordo político para a sua votação.
A oposição não tem pressa
para votar a emenda, e o governo, num período pré-eleitoral,
não consegue mobilizar os deputados da base para garantir
os 308 votos necessários à
aprovação. O autor da PEC é o
senador José Serra (PSDB-SP),
pré-candidato a presidente.
O líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP), propôs que a emenda seja
aprovada neste ano e a regulamentação do sistema financeiro fique para o próximo governo. "O PT resiste. Não está fácil", afirmou Madeira.
A PEC, que foi aprovada pelo
Senado em 1999, modifica dois
artigos da Constituição: o 163 e
o 192 (sistema financeiro). A
mudança mais significativa é
no artigo 192: saem da Constituição todos os dispositivos
que detalham o sistema, inclusive a taxa de juros de 12% ao
ano, que nunca foi cumprida
no país. Atualmente, a taxa básica de juros é de 18,5% ao ano.
Segundo o governo, o artigo
192 tem de ser modificado porque o texto atual inviabiliza a
regulamentação do sistema financeiro. O texto diz que a regulamentação será feita por lei
complementar. Para o governo, é muito difícil fazer uma
única lei que trate de todos os
aspectos do sistema financeiro.
O novo texto diz que o sistema será regulamentado por
mais de uma lei complementar
-que exige voto favorável da
maioria absoluta dos deputados (257) e dos senadores (41).
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