DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela primeira vez, as mulheres são maioria no eleitorado nacional. Elas são 1.284.856 a mais que os homens, segundo dados divulgados ontem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Estão cadastradas para votar nas eleições de outubro próximo 55.435.972 mulheres, correspondentes a 50,48%, contra 54.151.116 homens, que equivalem a 49,31%.
Há ainda um grupo de 236.373 eleitores cujo sexo é desconhecido, por preenchimento incompleto do pedido de inscrição. Eles correspondem a 0,21% do total.
Segundo a Secretaria de Informática do TSE, o número de mulheres supera o de homens em todas as cinco faixas etárias, divididas pelo tribunal para identificação do perfil do eleitorado.
A faixa com mais eleitores é dos que têm entre 25 e 34 anos, seguida pelo grupo dos que têm entre 35 e 44 anos. Juntos, esse universo do eleitorado corresponde a 43,32% do total.
O voto é facultativo para 8,36% dos eleitores.
Estão nessa condição as pessoas que têm mais de 70 anos (5,49%) e os que têm 16 ou 17 anos (2,87%).
O preenchimento incompleto do pedido de inscrição deixou 7.784 pessoas sem a identificação sobre a idade.
Um levantamento preliminar do TSE sobre o número de candidatos indica que mais de 70 mil mulheres deverão disputar prefeituras e vagas em câmaras municipais. Em 1996, 33.343 mulheres concorreram.
Ainda assim, a participação feminina é muito inferior à masculina, estimada em torno de 310 mil.
A Lei Eleitoral reserva 30% da cota de candidaturas de cada partido para as mulheres, mas esse limite mínimo não é aplicado.
O levantamento é parcial, porque não contém dados sobre cerca de 400 dos 5.548 municípios. Por ele, estão em campanha no Estado de São Paulo 57.334 homens, 13.974 mulheres e 15 candidatos que não têm a informação sobre o sexo no pedido de registro feito pelo partido.
A senadora Emília Fernandes (PDT-RS), que recebeu uma cópia desse levantamento, disse esperar que 15 mil sejam eleitas, o que corresponderia ao dobro do número registrado nas últimas eleições municipais, em 1996.
Segundo a parlamentar, as mulheres ocupam hoje 6% das prefeituras e 11% das cadeiras de câmaras municipais.


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