São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2005
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Chávez vem ao Brasil reforçar apoio a Lula
ELIANE CANTANHÊDE COLUNISTA DA FOLHA O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estará em Brasília hoje para um jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta grave crise política e tem se dedicado a discursos voltados para as classes mais pobres, com o objetivo de manter bons índices nas pesquisas de opinião. Chávez será homenageado por entidades que denunciam a "desestabilização" do governo Lula, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) e UNE (União Nacional dos Estudantes), às 18h. O jantar com Lula será às 20h, na Granja do Torto. O Planalto informou ontem que os dois presidentes irão discutir "temas bilaterais e questões de interesse comum nos planos regional e internacional". A versão inicial era de que Chávez está dando "um giro" entre Brasil, Argentina e Uruguai, para tratar de programas comuns. No caso brasileiro, principalmente na área do petróleo -principal produto da economia venezuelana. Segundo o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil) e Celso Amorim (Relações Exteriores) devem participar do jantar, que ele definiu como "reunião de trabalho com caráter eminentemente técnico". É possível que estejam presentes também representantes da Petrobras e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A primeira porque discute acordos comuns com a PDVSA (estatal de petróleo venezuelana). O segundo porque financia projetos de infra-estrutura no país de Chávez. A agenda bilateral, que vem sendo discutida desde o governo Fernando Henrique, foi finalmente fechada numa reunião dos dois presidentes em fevereiro passado. Conforme Garcia, a intenção, hoje, é fazer uma espécie de balanço do que já está em andamento e aprofundar programas e acordos, inclusive para a construção de uma refinaria mista em Recife. Texto Anterior: Aliados de Lula dão transporte e lanche ao público Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/Reação católica: "Malas" podem gerar revolta social, diz Igreja Índice |
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