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Tucano do Pará viaja 12 h de barco
e 36 h de ônibus para participar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de 12 horas de barco e 36
horas de ônibus, o presidente da
Famep (Federação das Associações de Municípios do Estado do
Pará), Fernando Lobato (PSDB),
protestava ontem em Brasília
contra a proposta do governo de
reforma tributária.
Prefeito de Santa Cruz do Arari,
na Ilha de Marajó (PA), Lobato
estava confiante na pressão por
mais recursos para os municípios.
"Eu recebo hoje R$ 31 mil por mês
de FPM [Fundo de Participação
dos Municípios], e minha folha de
pessoal é de R$ 42 mil", diz ele,
que está no segundo mandato.
O vereador José Oliveira da Silva (PTB), de Brasil Novo (PA),
também enfrentou três dias de
ônibus para chegar a Brasília, com
outras 39 pessoas, mas o prefeito
de sua cidade veio de avião. "Ele
tem uns problemas de saúde,
acho que é pressão", afirmou ele.
Com máscaras de palhaço, os
prefeitos José Vicente Damasceno
(PPS), de Buritis (MG), e Eduardo
Peixoto (PMDB), de Chapadão
do Céu (GO), reclamavam de a
União ficar com 75% da Cide
(contribuição sobre a venda de
combustíveis). Até a reforma, o
governo federal ficava com a totalidade desses recursos.
O prefeito de Inhacorá (RS),
Evori Neves da Silva (PFL), foi à
passeata de bombachas, traje típico gaúcho.
Entre os prefeitos que tentavam
invadir o plenário da Câmara no
final da tarde, empurrando os seguranças, um dos mais exaltados
era o de Jaguaquara (BA), Valdenir de Oliveira (PTB). Sobre o motivo pelo qual eles não iam às galerias para acompanhar a sessão, ele
disse: "Sei lá, eu estou é perdido
aqui com tanto movimento".
Alguns prefeitos aproveitaram a
marcha para fazer propaganda de
suas atrações turísticas, com faixas anunciando a terra do café, a
capital brasileira do tricô ou do
pequi.
(FK)
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