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São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2003

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Tucano do Pará viaja 12 h de barco e 36 h de ônibus para participar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de 12 horas de barco e 36 horas de ônibus, o presidente da Famep (Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará), Fernando Lobato (PSDB), protestava ontem em Brasília contra a proposta do governo de reforma tributária.
Prefeito de Santa Cruz do Arari, na Ilha de Marajó (PA), Lobato estava confiante na pressão por mais recursos para os municípios. "Eu recebo hoje R$ 31 mil por mês de FPM [Fundo de Participação dos Municípios], e minha folha de pessoal é de R$ 42 mil", diz ele, que está no segundo mandato.
O vereador José Oliveira da Silva (PTB), de Brasil Novo (PA), também enfrentou três dias de ônibus para chegar a Brasília, com outras 39 pessoas, mas o prefeito de sua cidade veio de avião. "Ele tem uns problemas de saúde, acho que é pressão", afirmou ele.
Com máscaras de palhaço, os prefeitos José Vicente Damasceno (PPS), de Buritis (MG), e Eduardo Peixoto (PMDB), de Chapadão do Céu (GO), reclamavam de a União ficar com 75% da Cide (contribuição sobre a venda de combustíveis). Até a reforma, o governo federal ficava com a totalidade desses recursos.
O prefeito de Inhacorá (RS), Evori Neves da Silva (PFL), foi à passeata de bombachas, traje típico gaúcho.
Entre os prefeitos que tentavam invadir o plenário da Câmara no final da tarde, empurrando os seguranças, um dos mais exaltados era o de Jaguaquara (BA), Valdenir de Oliveira (PTB). Sobre o motivo pelo qual eles não iam às galerias para acompanhar a sessão, ele disse: "Sei lá, eu estou é perdido aqui com tanto movimento".
Alguns prefeitos aproveitaram a marcha para fazer propaganda de suas atrações turísticas, com faixas anunciando a terra do café, a capital brasileira do tricô ou do pequi. (FK)


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