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OPOSIÇÃO
Tasso diz que repetiria críticas se Lula pedisse
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) não conversaram
sobre política na noite de anteontem, na sessão de cinema realizada no Palácio da Alvorada, um dia
após a publicação de uma entrevista na Folha na qual o tucano
diz que o governo é "fisiológico e
centralizador".
A paz entre os dois foi selada
com charuto, conhaque e piadas.
Ontem, Tasso afirmou que está
disposto a reproduzi-las diretamente ao presidente.
Na entrevista, o tucano afirmou
que ""o governo está parado" e
que o defeito de Lula é ""não governar".
"Gosto dele [Lula]. Sempre gostei. Mas, se um dia ele quiser falar
de política comigo, faço as críticas", disse ontem o senador.
Durante o encontro no Alvorada, os gestos de aproximação de
Lula foram claros. Quando os
convidados -artistas e políticos- posavam para fotos, o presidente puxou o senador e disse,
segundo o tucano: ""O Tasso não
quer aparecer ao meu lado. Mas
vamos colocá-lo na frente, para
comprometê-lo de vez".
O presidente lembrou o período
em que Tasso, então presidente
do PSDB, lhe enviava charutos
cubanos de presente. Mandou
buscar uma caixa de charutos cubanos Cohiba e ofereceu um ao
tucano, que o fumou.
Tasso foi um dos convidados
para assistir ao filme ""Paulinho
da Viola - Meu tempo é hoje", documentário sobre o sambista, que
também participou da sessão.
Esse não foi o único encontro
"delicado" da noite. Também foi
a primeira vez que Paulinho e o
ministro Gilberto Gil (Cultura) se
encontraram depois de um desentendimento. No Réveillon de
1996, no Rio, eles se apresentaram
ao lado de outros cantores. Depois da festa, Paulinho, que ganhara R$ 25 mil, descobriu que os
demais receberam R$ 128 mil. O
incidente culminou com o rompimento entre Gil e Paulinho.
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