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FORA DO AR
Paulista com 600 horas de vôo de helicóptero avalia que a demora reflete crise econômica
Piloto passa seis meses sem emprego
DA REPORTAGEM LOCAL
A paulista Tatiana Tassini, 26,
demorou seis meses para voltar
a exercer sua profissão: pilotar
helicópteros. Com 600 horas de
vôo, dois anos de experiência como piloto comercial e quatro de
habilitação para voar, ela perdeu
o emprego numa empresa de táxi aéreo, em outubro do ano passado, quando foi vendida a aeronave em que voava.
Hoje, pilotando um helicóptero modelo Robinson 44, onde
cabem a piloto e mais três passageiros, avalia que o período que
passou desempregada reflete
mais a crise na economia do que
o preconceito por ser mulher
numa profissão dominada por
homens.
"Nesse mercado, tem muita
gente boa que está sem emprego.
Está ruim para todo mundo",
afirmou Tatiana, que decidiu ser
piloto por influência do pai, cujo
hobby é voar.
Há seis meses Tatiana foi contratada pela Sol Táxi Aéreo, mas
acha que neste ano está ainda
pior para arranjar trabalho que o
ano passado. "Tem muita gente
ingressando no mercado e pouca aeronave para pilotar", disse.
Para a piloto, a instabilidade do
dólar em 2002 acabou afetando a
importação de helicópteros.
Ela começou a fazer o curso de
piloto no Aeroclube de São Paulo. Trabalhou como coordenadora de vôo até começar a pilotar comercialmente em 2001. Às
vezes, conta, os passageiros estranham quando ela aparece
pronta para voar. "Eles perguntam: "É você a piloto?'", disse Tatiana, para quem isso ocorre
porque tem "cara de nova".
"Tem gente que fala que mulher
pilota melhor que homem. Eu
não acho que haja diferença."
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