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São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2003

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FORA DO AR

Paulista com 600 horas de vôo de helicóptero avalia que a demora reflete crise econômica

Piloto passa seis meses sem emprego

DA REPORTAGEM LOCAL

A paulista Tatiana Tassini, 26, demorou seis meses para voltar a exercer sua profissão: pilotar helicópteros. Com 600 horas de vôo, dois anos de experiência como piloto comercial e quatro de habilitação para voar, ela perdeu o emprego numa empresa de táxi aéreo, em outubro do ano passado, quando foi vendida a aeronave em que voava.
Hoje, pilotando um helicóptero modelo Robinson 44, onde cabem a piloto e mais três passageiros, avalia que o período que passou desempregada reflete mais a crise na economia do que o preconceito por ser mulher numa profissão dominada por homens.
"Nesse mercado, tem muita gente boa que está sem emprego. Está ruim para todo mundo", afirmou Tatiana, que decidiu ser piloto por influência do pai, cujo hobby é voar.
Há seis meses Tatiana foi contratada pela Sol Táxi Aéreo, mas acha que neste ano está ainda pior para arranjar trabalho que o ano passado. "Tem muita gente ingressando no mercado e pouca aeronave para pilotar", disse. Para a piloto, a instabilidade do dólar em 2002 acabou afetando a importação de helicópteros.
Ela começou a fazer o curso de piloto no Aeroclube de São Paulo. Trabalhou como coordenadora de vôo até começar a pilotar comercialmente em 2001. Às vezes, conta, os passageiros estranham quando ela aparece pronta para voar. "Eles perguntam: "É você a piloto?'", disse Tatiana, para quem isso ocorre porque tem "cara de nova". "Tem gente que fala que mulher pilota melhor que homem. Eu não acho que haja diferença."


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