São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2004

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Para subprefeitos, foi Alckmin que desequilibrou

DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO

A presença ostensiva do governador Geraldo Alckmin (PSDB) é o argumento mais freqüente na fala dos subprefeitos que administram os redutos perdidos pelo PT para explicar a queda na votação petista.
Naturalmente avessos à explicação de que faltou empenho ao poder local, eles dizem que a presença oficial desequilibrou a partida.
"Houve um grande investimento do Estado. O governador veio umas dez vezes aqui. E eles têm a USP da zona leste. Isso pesou", diz o subprefeito de Ermelino, Milton Nunes (PC do B).
"O eleitor daqui é muito vulnerável. O eleitor de classe alta tem esclarecimento, não muda por qualquer detalhe. Aqui não. O governador esteve cinco vezes na região. Isso comove o eleitorado que quer um toque de mão, um tapinha nas costas", completa o subprefeito de Jaçanã/Tremembé, o advogado Marco Antonio Silva, filiado ao PT.
"E ainda vem a propaganda e diz que eles vão governar juntos", afirma Silva, dizendo que a região é uma das maiores beneficiadas com a possível integração do bilhete único com o metrô.
Na contramão da presença ostensiva de Alckmin, Marta fez pouco corpo-a-corpo, priorizando a inauguração de comitês e recepções. No Tremembé, por exemplo, esteve apenas uma vez.
O subprefeito da Freguesia, Walter Alcântara de Oliveira (PL), também aponta a presença mais forte de políticos do PSDB agora do que há quatro anos. "É mais fácil ser oposição e ver o que ainda falta fazer." (SC e FM)

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