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Filho defende inocência e isola Vavá
DA REPORTAGEM LOCAL
O irmão do presidente Lula Genival Inácio da Silva, o Vavá, 64,
foi orientado por seu filho mais
velho, Edson Inácio Marin da Silva, 42, a não dar declarações à imprensa sobre sua atuação para intermediar contatos com o governo nem sobre o suposto escritório
aberto em São Bernardo.
Edson foi o único da família a
atender a jornalistas. Disse ter recomendado ao pai que se isolasse
por causa de sua saúde. Vavá se
submeteu a duas cirurgias nas
pernas neste ano.
O filho mais velho de Vavá se
disse surpreso com a reportagem
da revista "Veja" que mostrava a
atuação do pai em escritório no
centro de São Bernardo. "O fato
dele ter montado escritório ou se
ele foi lá, se visitava as pessoas, eu
não sei como isso acontecia. Eu só
soube dessa história quando apareceu a revista na minha mão."
"O escritório não é dele, é de advocacia", disse Edson, acrescentando que mais informações seriam dadas pelo advogado e amigo de Vavá Emmanuel Quirino
dos Santos.
Ele afirmou saber que seu pai
viajava a Brasília, mas disse não
conhecer os objetivos de Vavá na
cidade. "O fato de ele ter ido a Brasília não significa que está fazendo
lobby", disse, em defesa do pai.
Edson, que foi derrotado na
eleição para vereador na cidade
em 2004, afirmou que o pai conhece muita gente e que, pelo parentesco com o presidente, a família costuma ser assediada com
pedidos da população. "Meu pai é
aquela história do cabra que vem
de Pernambuco. Ajuda, quer fazer, abraça todo mundo. É o perfil
dele, disposto a ajudar. Acabou
fazendo, teve problemas." Ele disse apoiar o presidente Lula caso
ele queira dar um "puxão de orelhas" em Vavá.
(FM)
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