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OUTRO LADO
Deputado
nega ser dono
de empresa
da Agência Folha, em Maceió
e do enviado a Maceió
O deputado Augusto Farias (PPB-AL) diz não ser
proprietário da Tigre Vigilância, empresa de Maceió
que a CPI do Narcotráfico
acredita ser sua, estando legalmente em nome de um
"laranja", Marcos Maia.
A afirmação do deputado
foi transmitida por uma secretária da direção do jornal
"Tribuna de Alagoas", que
pertence à família Farias.
A Folha tentou -mas não
conseguiu- falar durante
toda a tarde de ontem com
Augusto Farias e dois de
seus irmãos, Luiz Romero
(administrador da revendedora de automóveis Blumare) e Cláudio (diretor-superintendente da "Tribuna").
Luiz Romero Farias está
no exterior, segundo uma
secretária, e Cláudio Farias
não estava no jornal.
O deputado Augusto Farias foi procurado na Câmara, em Brasília, e na "Tribuna", em Maceió, mas não foi
encontrado.
Pane
Uma pane quase geral no
sistema de telefonia celular
em Maceió dificultou a procura pelos irmãos Farias.
Uma secretária de Marcos
Maia, que é assessor de Augusto Farias, afirmou, na Tigre Vigilância, que ele estava
incomunicável no interior
alagoano.
Desde a reabertura da investigação sobre a morte de
seu irmão Paulo César Farias, o deputado Augusto diz
ser vítima de uma trama política. No mês passado, ele
foi indiciado como co-autor
das mortes de Paulo César e
da namorada dele Suzana
Marcolino.
A manchete da edição de
ontem da "Tribuna" foi "Cavalcante desmascara Sanguinetti".
Foi uma referência à afirmação do ex-tenente-coronel da Polícia Militar Manoel
Cavalcante, segundo o qual
não é verdade que teria dito
ao legista George Sanguinetti que fora contratado por
Augusto Farias para matá-lo.
A reportagem principal
sobre a CPI publicada no
jornal "Gazeta de Alagoas",
do grupo de comunicação
do ex-presidente Fernando
Collor, contou que a CPI
"boicotou o trabalho da imprensa". Motivo: a decisão
de, a pedido de depoentes,
fazer sessões secretas, o que
é legal.
(AC e MM)
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