São Paulo, Sábado, 11 de Dezembro de 1999


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OUTRO LADO
Deputado nega ser dono de empresa

da Agência Folha, em Maceió

e do enviado a Maceió

O deputado Augusto Farias (PPB-AL) diz não ser proprietário da Tigre Vigilância, empresa de Maceió que a CPI do Narcotráfico acredita ser sua, estando legalmente em nome de um "laranja", Marcos Maia.
A afirmação do deputado foi transmitida por uma secretária da direção do jornal "Tribuna de Alagoas", que pertence à família Farias.
A Folha tentou -mas não conseguiu- falar durante toda a tarde de ontem com Augusto Farias e dois de seus irmãos, Luiz Romero (administrador da revendedora de automóveis Blumare) e Cláudio (diretor-superintendente da "Tribuna").
Luiz Romero Farias está no exterior, segundo uma secretária, e Cláudio Farias não estava no jornal.
O deputado Augusto Farias foi procurado na Câmara, em Brasília, e na "Tribuna", em Maceió, mas não foi encontrado.

Pane
Uma pane quase geral no sistema de telefonia celular em Maceió dificultou a procura pelos irmãos Farias.
Uma secretária de Marcos Maia, que é assessor de Augusto Farias, afirmou, na Tigre Vigilância, que ele estava incomunicável no interior alagoano.
Desde a reabertura da investigação sobre a morte de seu irmão Paulo César Farias, o deputado Augusto diz ser vítima de uma trama política. No mês passado, ele foi indiciado como co-autor das mortes de Paulo César e da namorada dele Suzana Marcolino.
A manchete da edição de ontem da "Tribuna" foi "Cavalcante desmascara Sanguinetti".
Foi uma referência à afirmação do ex-tenente-coronel da Polícia Militar Manoel Cavalcante, segundo o qual não é verdade que teria dito ao legista George Sanguinetti que fora contratado por Augusto Farias para matá-lo.
A reportagem principal sobre a CPI publicada no jornal "Gazeta de Alagoas", do grupo de comunicação do ex-presidente Fernando Collor, contou que a CPI "boicotou o trabalho da imprensa". Motivo: a decisão de, a pedido de depoentes, fazer sessões secretas, o que é legal.
(AC e MM)

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