São Paulo, Sábado, 11 de Dezembro de 1999


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Bulhões aponta ex-secretário como fonte

da Agência Folha, em Maceió

e do enviado a Maceió

O ex-governador de Alagoas Geraldo Bulhões (1991-94) disse à CPI do Narcotráfico que seu informante sobre o suposto pagamento de R$ 400 mil ao legista Fortunato Badan Palhares no caso PC foi Eduardo Amaral, ex-chefe de gabinete da Secretaria da Segurança de Alagoas.
Se for verdadeiro o depoimento dado anteontem em sessão reservada por Bulhões à comissão, sua fonte é o filho do secretário da Segurança, José Amaral, no ano (1996) em que PC Farias e Suzana Marcolino foram assassinados.
Foi José Amaral quem proibiu o delegado responsável pela área em que ocorreram as mortes de entrar na casa onde estavam os corpos. Amaral escalou para o inquérito o delegado Cícero Torres, amigo dos Farias.
Badan, José Amaral e Cícero Torres sustentaram a tese de que Suzana matou Paulo César e se suicidou. Em 1999, fotos publicadas pela Folha derrubaram a versão. Depois, a polícia concluiu ter havido duplo homicídio.
Segundo Bulhões, Badan Palhares teria recebido R$ 400 mil para fraudar o laudo. Até a conclusão desta edição, não havia começado o depoimento de Eduardo Amaral à CPI.
Uma ameaça e uma suspeita de atentado a bomba agitaram os trabalhos da CPI em Maceió.
Na madrugada de ontem, ao chegar ao hotel por volta das 2h30, depois de jantar, o deputado Róbson Tuma (PFL-SP) encontrou o corredor que leva ao seu quarto tomado por policiais federais com metralhadoras.
Motivo: um recepcionista do hotel disse ter recebido um telefonema de um homem propondo lhe pagar R$ 30 mil para que uma caixa fosse colocada no apartamento do deputado.
A polícia acredita que, caso o telefonema não tenha sido trote, a caixa poderia conter explosivos.
Pouco antes da 1h, a sessão da CPI no prédio da Procuradoria de Justiça foi encerrada após um telefonema avisando que uma bomba explodiria. (AC e MM)

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