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Bulhões aponta ex-secretário como fonte
da Agência Folha, em Maceió
e do enviado a Maceió
O ex-governador de Alagoas
Geraldo Bulhões (1991-94) disse à
CPI do Narcotráfico que seu informante sobre o suposto pagamento de R$ 400 mil ao legista
Fortunato Badan Palhares no caso PC foi Eduardo Amaral, ex-chefe de gabinete da Secretaria da
Segurança de Alagoas.
Se for verdadeiro o depoimento
dado anteontem em sessão reservada por Bulhões à comissão, sua
fonte é o filho do secretário da Segurança, José Amaral, no ano
(1996) em que PC Farias e Suzana
Marcolino foram assassinados.
Foi José Amaral quem proibiu o
delegado responsável pela área
em que ocorreram as mortes de
entrar na casa onde estavam os
corpos. Amaral escalou para o inquérito o delegado Cícero Torres,
amigo dos Farias.
Badan, José Amaral e Cícero
Torres sustentaram a tese de que
Suzana matou Paulo César e se
suicidou. Em 1999, fotos publicadas pela Folha derrubaram a versão. Depois, a polícia concluiu ter
havido duplo homicídio.
Segundo Bulhões, Badan Palhares teria recebido R$ 400 mil para
fraudar o laudo. Até a conclusão
desta edição, não havia começado o depoimento de Eduardo
Amaral à CPI.
Uma ameaça e uma suspeita de
atentado a bomba agitaram os
trabalhos da CPI em Maceió.
Na madrugada de ontem, ao
chegar ao hotel por volta das
2h30, depois de jantar, o deputado Róbson Tuma (PFL-SP) encontrou o corredor que leva ao
seu quarto tomado por policiais
federais com metralhadoras.
Motivo: um recepcionista do
hotel disse ter recebido um telefonema de um homem propondo
lhe pagar R$ 30 mil para que uma
caixa fosse colocada no apartamento do deputado.
A polícia acredita que, caso o telefonema não tenha sido trote, a
caixa poderia conter explosivos.
Pouco antes da 1h, a sessão da
CPI no prédio da Procuradoria
de Justiça foi encerrada após um
telefonema avisando que uma
bomba explodiria.
(AC e MM)
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