São Paulo, sábado, 11 de dezembro de 2004

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PT caminha para a direita, diz Cristovam

DA SUCURSAL DO RIO

O senador Cristovam Buarque (PT-DF) disse ontem no Rio que o PT no governo está "caminhando para a direita" e que pode deixar o partido, caso ele não priorize o combate aos problemas sociais.
"Não mudo de partido. O meu partido é o da criança, o do social. Se o meu partido mudar disso, não posso ficar no partido em sacrifício da minha coerência", disse ele ao abrir, como convidado, o seminário conjunto realizado entre o PPS e o PDT.
O ex-ministro da Educação afirmou não ter condições de apontar qual será o limite para a sua permanência no PT. "O limite não é uma lei física. Não sei", disse.
Cristovam afirmou considerar "lesiva" a política econômica do governo, mas que não vê alternativa a ela. Disse também ter votado "constrangido" a favor da Medida Provisória que deu ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o status de ministro e justificou o voto pelo fato de ser um homem "de partido". "Eu conheço o Meirelles, acho que é uma figura que não precisava passar esse constrangimento."
O senador defendeu ainda que o programa Bolsa-Escola volte para o Ministério da Educação e seja separado do Bolsa-Família.


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