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PT caminha para a direita, diz Cristovam
DA SUCURSAL DO RIO
O senador Cristovam Buarque
(PT-DF) disse ontem no Rio que o
PT no governo está "caminhando
para a direita" e que pode deixar o
partido, caso ele não priorize o
combate aos problemas sociais.
"Não mudo de partido. O meu
partido é o da criança, o do social.
Se o meu partido mudar disso,
não posso ficar no partido em sacrifício da minha coerência", disse ele ao abrir, como convidado, o
seminário conjunto realizado entre o PPS e o PDT.
O ex-ministro da Educação afirmou não ter condições de apontar
qual será o limite para a sua permanência no PT. "O limite não é
uma lei física. Não sei", disse.
Cristovam afirmou considerar
"lesiva" a política econômica do
governo, mas que não vê alternativa a ela. Disse também ter votado "constrangido" a favor da Medida Provisória que deu ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o status de ministro
e justificou o voto pelo fato de ser
um homem "de partido". "Eu conheço o Meirelles, acho que é uma
figura que não precisava passar
esse constrangimento."
O senador defendeu ainda que o
programa Bolsa-Escola volte para
o Ministério da Educação e seja
separado do Bolsa-Família.
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