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Câmara deve votar reforma
da Sucursal de Brasília
A Câmara dos Deputados deve
votar hoje pedidos de urgência para a apreciação, já na próxima semana, de três projetos de lei que
regulamentam a reforma administrativa e fazem parte do programa
de ajuste fiscal do governo.
Estão na lista os projetos de lei
que estabelecem as normas para a
demissão de servidores por insuficiência de desempenho e por excesso de quadros e o que modifica
a Lei Camata, ampliando em um
ano (até 2000) o prazo para os Estados limitarem suas despesas
com pessoal em 60% da receita.
O principal problema dos Estados, depois que foi feita a renegociação das dívidas e o saneamento
financeiro dos bancos estaduais,
passou a ser o alto custo do pagamento de salários e aposentadorias de funcionários públicos.
Se forem aprovadas, as medidas
ainda precisarão passar pelo Senado. No caso de demissões por excesso de quadros, o Executivo ou
os dirigentes do Judiciário e do Legislativo deverão ainda editar "ato
normativo" antes de fazerem a redução de servidores.
Vários outros projetos de lei
anunciados pelo governo para
complementar o ajuste fiscal e regulamentar as reformas administrativa e da Previdência ainda não
chegaram ao Congresso. É o caso
da Lei de Responsabilidade Fiscal,
com a qual o governo quer criar dificuldades para o aumento das
despesas dos Estados e municípios
e impedir novas dívidas.
A Lei de Responsabilidade Fiscal
está sendo debatida pelo Ministério do Planejamento com secretários da Fazenda dos Estados e dos
municípios. Não há previsão sobre
a data de envio ao Congresso.
O governo ainda está discutindo
a melhor data para remeter novo
projeto ao Congresso instituindo a
cobrança de contribuição previdenciária dos servidores públicos
federais aposentados e o aumento
da alíquota dos servidores ativos.
Mas essa medida, rejeitada pelo
Congresso no ano passado, não se
aplica a Estados e municípios, que
precisam de lei própria -aprovada pela Assembléia Legislativa ou
pela Câmara Municipal- para fazer a cobrança.
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