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JUDICIÁRIO
Supremo rejeita recurso e juiz Rocha Mattos perde o cargo
DA REPORTAGEM LOCAL
A presidente do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região, desembargadora Marli
Ferreira, determinou a perda do cargo de magistrado do
juiz federal João Carlos da
Rocha Mattos e do direito
dele de ficar detido em prisão
especial. A decisão foi tomada no início da noite de ontem depois que o Supremo
Tribunal Federal rejeitou recurso do réu.
Em decisão unânime,
acompanhando o ministro-relator, Carlos Britto, a 1ª
Turma do STF considerou
que houve "abusivo excesso
de recursos" para retardar o
cumprimento de sentença
que condenara o juiz a quatro anos e quatro meses de
prisão, além de perda do cargo, por abuso de autoridade e
denunciação caluniosa.
Rocha Mattos tentou intimidar o juiz federal Fausto
de Sanctis e um procurador,
contra os quais representou
criminalmente sob a falsa
acusação de prevaricação.
O ex-juiz está preso em
quartel da Polícia Militar, em
São Paulo, e deverá ser transferido para prisão comum
assim que a Secretaria de Administração Penitenciária
do Estado for notificada da
decisão da desembargadora.
Ele perde também o foro privilegiado no julgamento de
seus processos - que devem
retornar para a 1ª Instância
da Justiça Federal- o salário
e o direito à aposentadoria.
A procuradora regional da
República Ana Lúcia Amaral
havia entrado com mandado
de segurança no TRF-3 e representação no Conselho
Nacional de Justiça, alegando embaraço para a execução
da sentença. O advogado do
juiz, Aluisio Lundgren Regis,
não quis se manifestar.
Rocha Mattos foi envolvido em inquéritos que constituíram a Operação Anaconda, da Polícia Federal.
Acusado de vender sentença, Rocha Mattos está preso
desde 2003. Ele já foi condenado por formação de quadrilha, falsidade ideológica,
peculato e prevaricação, lavagem de dinheiro, supressão de documentos públicos,
denunciação caluniosa, abuso de autoridade e corrupção
passiva.
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