São Paulo, quinta, 12 de março de 1998

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NO AR
O quinto dedo

NELSON DE SÁ
da Reportagem Local

Lula surgiu ao lado de Antonio Ermírio um dia, em debate sobre o desemprego. E anunciou o tema como eixo de campanha.
No dia seguinte, FHC abriu "guerra ao desemprego". E ontem, terceiro dia, foi à TV alardear a guerra. Disputar a bandeira com Lula.
A privatização traz empregos, discursou:
- Ao contrário do que imaginavam os críticos, que iríamos reduzir a oferta, pelo contrário, temos assegurada a expansão dos empregos.
"Assegurada", quer dizer, para o futuro. E não só uma simples "expansão":
- Vão crescer exponencialmente, à medida em que nós investirmos mais.
Uma promessa, enfim. Não diversa em indefinição daquela, de emprego, de 94 -dos cinco dedos.
Vale recordar que a imagem da mão foi escolhida sem as promessas. Venceu nas pesquisas qualitativas.
A mão aberta nem tinha por fim maior as promessas: era a forma de contrapor FHC ao punho fechado de Collor.

Comercial de FHC, ontem:
- Nós estamos no caminho certo. Mas ainda temos muito o que fazer...

FHC faz campanha e a Justiça faz o que pode. Corre atrás com notificações, agora pela "compra" do PMDB.
PMDB que ontem, por um líder na Câmara, na Globo News, exigia a secretaria entregue esta semana:
- (O cargo) é nosso.
Um líder do PPB também quer mais cargos:
- Sendo base, nós temos que ajudar a governar.
Um líder do PFL tratou de conter os colegas:
- Cada um tem direito de pedir o que quer, o céu, a lua, as estrelas. Agora, o presidente dá se quiser.

Em comercial de Covas, a indireta a Maluf/Pitta:
- Este governo respeita você.

E-mail: nelsonsa@uol.com.br



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