em Caxias do Sul (RS)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Leonel Brizola (PDT) consideraram a visita que fizeram ontem a Caxias do Sul (RS) como a arrancada da campanha da chapa que reúne seus nomes à Presidência.
"Mesmo que a lei eleitoral proíba (campanha neste momento), vamos para as ruas", disse Lula, que atacou o presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Esse governo é bandido, vingativo. O que fez na convenção do PMDB nem a direita fazia" durante o regime militar, disse Lula.
Brizola declarou que ele e Lula deram "o primeiro passo de uma longa caminhada que vai terminar no Palácio do Planalto", derrotando os "governantes improvisados que subiram ao poder".
Lula disse que, nos próximos 40 dias, os líderes da coligação oposicionista percorrerão o país, resolvendo entraves regionais à aliança.
"Estamos começando a marcha para ganhar a eleição. Vamos às bases mostrar que a aliança não é coisa de brincadeira."
Segundo Brizola, a reunião da frente de oposição de anteontem, em São Paulo, definiu que "a questão nacional é prioritária", prevalecendo sobre os interesses dos seus partidos nos Estados.
Brizola, José Dirceu, presidente do PT, e João Amazonas, do PC do B, irão se reunir, a partir de hoje, com o governador de Pernambuco, Miguel Arraes (PSB). A coligação deseja a adesão de Arraes, bem como de peemedebistas que não apóiam a reeleição de FHC.
Lula disse também ter esperança de receber o apoio do PPS, cujo pré-candidato é o ex-governador Ciro Gomes. "Em alguma esquina dessa avenida humana vamos estar juntos", afirma.
A visita a Caxias do Sul (131 km ao norte de Porto Alegre) teve um componente simbólico para Lula e Brizola.
O prefeito da cidade, Pepe Vargas (PT), quando candidato em 1996, era apontado como um concorrente sem chances de vitória. No entanto, ele bateu o candidato situacionista, Germano Rigotto (PMDB), ex-líder do governo FHC no Congresso.
Além disso, a administração da maior cidade do interior gaúcho conta, atualmente, com a presença do PDT no secretariado petista.
(CARLOS ALBERTO DE SOUZA)


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