São Paulo, domingo, 12 de abril de 1998

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Candidatura é de resistência

da Reportagem Local

Orestes Quércia vai dividido para a campanha paulista: tem uma esperança messiânica de repetir os surpreendentes triunfos de 74 (Senado) e 86 (governo estadual), mas sabe que sua candidatura é sobretudo de resistência, para não desaparecer politicamente.
Quércia precisa ser candidato, mesmo correndo o risco de um novo vexame eleitoral, para manter em torno de si um núcleo mínimo de seguidores.
O PMDB paulista vive um momento de erosão. Dos deputados da bancada federal, só Marcelo Barbiéri mantém a fidelidade a Quércia. Os deputados estaduais aderiram ao governo Covas, contra a vontade do chefe, ou ex-chefe.
No raciocínio de Quércia, não entrar na corrida sucessória significaria entregar de graça redutos a Paulo Maluf (PPB) e aos tucanos. A tarefa prioritária é segurar o que ainda tem, mas tentando driblar um possível desastre nas urnas.
Outro objetivo de Quércia é limpar sua imagem, afetada por denúncias de corrupção durante seu governo (87 a 90).
Quércia vai se apresentar, em contraponto a Covas, como o governador que abriu estradas e fez obras. O discurso desenvolvimentista, espera ele, vai ter resposta em época de desemprego recorde. (CEA)



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