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Candidatura é
de resistência
da Reportagem Local
Orestes Quércia vai dividido para a campanha paulista: tem uma esperança
messiânica de repetir os
surpreendentes triunfos de
74 (Senado) e 86 (governo
estadual), mas sabe que sua
candidatura é sobretudo de
resistência, para não desaparecer politicamente.
Quércia precisa ser candidato, mesmo correndo o
risco de um novo vexame
eleitoral, para manter em
torno de si um núcleo mínimo de seguidores.
O PMDB paulista vive um
momento de erosão. Dos
deputados da bancada federal, só Marcelo Barbiéri
mantém a fidelidade a
Quércia. Os deputados estaduais aderiram ao governo Covas, contra a vontade
do chefe, ou ex-chefe.
No raciocínio de Quércia,
não entrar na corrida sucessória significaria entregar de graça redutos a Paulo Maluf (PPB) e aos tucanos. A tarefa prioritária é
segurar o que ainda tem,
mas tentando driblar um
possível desastre nas urnas.
Outro objetivo de Quércia
é limpar sua imagem, afetada por denúncias de corrupção durante seu governo (87 a 90).
Quércia vai se apresentar,
em contraponto a Covas,
como o governador que
abriu estradas e fez obras. O
discurso desenvolvimentista, espera ele, vai ter resposta em época de desemprego recorde.
(CEA)
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