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Contas públicas de março vão
apresentar déficit ainda maior
da Sucursal de Brasília
As contas públicas de março,
ainda não divulgadas pelo governo, devem apresentar resultado
ainda pior que o de fevereiro,
quando foi registrado o maior déficit desde dezembro de 1991.
Mais uma vez, a deterioração das
contas acontecerá principalmente
devido aos gastos do governo federal. "Haverá pressão adicional
na folha de pagamento", disse o
chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, que também cita problemas
na Previdência.
Os gastos com pessoal devem sofrer pressão em março porque, segundo Lopes, as datas de pagamento do funcionalismo foram
mudadas por medida provisória.
Antes, só 30% da folha era paga no
próprio mês trabalhado, e o restante era adiado para o outro mês.
A partir de março, toda a folha
deve ser paga no mês trabalhado.
Nesse mês, o governo teve que fazer dois pagamentos: 70% da folha
de fevereiro, que havia sido adiada, e 100% da de março.
Embora não citado por Lopes, as
despesas com pessoal também deverão sofrer pressão dos reajustes
salariais concedidos aos militares,
ao Legislativo e ao Judiciário.
Ele disse, porém, que a mudança
na data de pagamento dos servidores não prejudicará o resultado
anual do governo.
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