São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2008

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Gabinete sofre baixa antes de divulgar ações

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes mesmo de anunciar as primeiras medidas, o "gabinete de transição" anunciado pela governadora Yeda Crusius sofreu a primeira baixa: o ex-governador Jair Soares, indicado pelo PP, deixou o grupo. Foi substituído por outro indicado pelo PP, Otomar Vivian. Soares não explicou por que desistiu.
A tucana minimizou o episódio, dizendo que Soares continuaria contribuindo com o governo, mas reconheceu os problemas na Assembléia. Ela disse que o "gabinete de transição" (PSDB, PP, PMDB, PPS e PTB) é uma tentativa de "fazer com que a base se sinta sólida e se sinta parte" do governo.
A primeira medida concreta anunciada pelo gabinete foi o anúncio da nomeação de 15 procuradores para analisar contratos em andamento em todas as secretarias. A governadora não anunciou os substitutos dos secretários demitidos no final de semana, mas afirmou que seu próximo chefe da Casa Civil será um tucano.
Em Brasília, o DEM não deve punir o vice-governador gaúcho Paulo Afonso Feijó por ter gravado conversa com o ex-chefe da Casa Civil de Yeda.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse ontem que quer dar "o assunto por encerrado" e afirmou que o partido entendeu o ato de Feijó como forma de colaborar com Yeda. Maia disse que o vazamento da gravação foi errado, mas que o conteúdo da conversa tinha que ser denunciado.
A Executiva do DEM se reúne hoje e o senador Heráclito Fortes deve pedir a expulsão de Feijó, mas a tendência é que não ela seja aceita. Ontem, o vice-governador se reuniu com a bancada do DEM: "Vinha falando para a governadora desde que assumimos que tinha problemas de corrupção no Banrisul. Além de não ser ouvido, era chamado de louco", disse Feijó.


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