São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2005

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PERFIL

Deputado do PFL presidiu a Rede Record até 1996

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado federal João Batista Ramos, 61, ingressou na política em 2001, ano em que acertou com o PFL sua filiação. O acordo foi feito com o presidente estadual da sigla, Cláudio Lembo, hoje vice-governador, e com Gilberto Kassab, vice-presidente estadual do PFL e hoje vice-prefeito de São Paulo.
O entendimento consistia em dar legenda para que Batista disputasse as eleições de 2002. Além dele, ingressou no PFL na mesma época outro expoente da Igreja Universal, o hoje deputado federal Marcos Abramo.
Batista deixou então o cargo de diretor-presidente da Rede Família (que exercia desde 1998) e da Rede Mulher (que exercia desde 1999). Ele também já foi diretor-presidente da Rede Record de 1992 a 1996.
"Eles nos procuraram há uns dois anos [em 2001, na verdade] e pediram a legenda. Eu conhecia o João Batista, pessoa de currículo excelente, homem de boa presença nos meios de comunicação, então não houve problema algum", afirmou Lembo.
O vice-governador defendeu a concessão de "legenda partidária às minorias" e afirmou ser contra o afastamento do deputado do partido antes que sejam analisados os argumentos prestados por ele à Polícia Federal.
Eleito deputado federal em 2002, João Batista teve atuação reservada, tendo votado quase sempre de acordo com a orientação do PFL. Economista, sua atuação no Congresso em nome da igreja é classificada por colegas como tendo um "perfil gerencial" mais do que político.
(RANIER BRAGON)


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