São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 2002

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RIO DE JANEIRO

Barulho na rua divide espaço com violência

RAFAEL CARIELLO
DA SUCURSAL DO RIO

Um assunto inusitado dividiu espaço com o tema da violência no primeiro debate entre candidatos ao governo do Rio, transmitido ontem pela TV Bandeirantes: o barulho dos cabos eleitorais nas ruas próximas ao estúdio, em Botafogo (zona sul).
Um dos jornalistas perguntou ao candidato da Frente Trabalhista (PDT-PPS-PTB), Jorge Roberto Silveira, o que ele achava do barulho que desrespeitava a lei do silêncio, que podia ser ouvido até mesmo no estúdio.
"Como posso esperar que as grandes leis sejam respeitadas, se nem as questões mais básicas são?" questionou o jornalista.
Duas horas antes do início do debate, cabos eleitorais e trios elétricos já se concentravam nas portas da emissora.
O candidato Jorge Roberto Silveira deu razão aos jornalistas, mas disse que "é muito difícil segurar a militância".
A candidata do PT, Benedita da Silva, também citou o barulho.

Violência
Todos os quatro candidatos presentes ao debate -além de Benedita e Jorge Roberto, Solange Amaral (PFL-PMDB-PSDB) e Rosinha Matheus (PSB)- disseram que o combate à violência será prioridade em seus eventuais governos.
Rosinha citou números do governo de seu marido, Anthony Garotinho (PSB), para mostrar uma queda nos índices de criminalidade.
Benedita da Silva, atual governadora, afirmou que pretende resolver o problema por meio de projetos de inclusão social.
Entre eles, prometeu uma "política de primeiro emprego" e incentivo a pequenas empresas.
A dívida deixada por Garotinho também foi lembrada pelos adversários de Rosinha. A candidata do PSB disse que o ex-governador deixou "mais de R$ 107 milhões para o atual governo".


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