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RIO DE JANEIRO
Barulho na rua divide espaço com violência
RAFAEL CARIELLO
DA SUCURSAL DO RIO
Um assunto inusitado dividiu
espaço com o tema da violência
no primeiro debate entre candidatos ao governo do Rio, transmitido ontem pela TV Bandeirantes:
o barulho dos cabos eleitorais nas
ruas próximas ao estúdio, em Botafogo (zona sul).
Um dos jornalistas perguntou
ao candidato da Frente Trabalhista (PDT-PPS-PTB), Jorge Roberto
Silveira, o que ele achava do barulho que desrespeitava a lei do silêncio, que podia ser ouvido até
mesmo no estúdio.
"Como posso esperar que as
grandes leis sejam respeitadas, se
nem as questões mais básicas
são?" questionou o jornalista.
Duas horas antes do início do
debate, cabos eleitorais e trios elétricos já se concentravam nas portas da emissora.
O candidato Jorge Roberto Silveira deu razão aos jornalistas,
mas disse que "é muito difícil segurar a militância".
A candidata do PT, Benedita da
Silva, também citou o barulho.
Violência
Todos os quatro candidatos
presentes ao debate -além de
Benedita e Jorge Roberto, Solange
Amaral (PFL-PMDB-PSDB) e
Rosinha Matheus (PSB)- disseram que o combate à violência será prioridade em seus eventuais
governos.
Rosinha citou números do governo de seu marido, Anthony
Garotinho (PSB), para mostrar
uma queda nos índices de criminalidade.
Benedita da Silva, atual governadora, afirmou que pretende resolver o problema por meio de
projetos de inclusão social.
Entre eles, prometeu uma "política de primeiro emprego" e incentivo a pequenas empresas.
A dívida deixada por Garotinho
também foi lembrada pelos adversários de Rosinha. A candidata
do PSB disse que o ex-governador
deixou "mais de R$ 107 milhões
para o atual governo".
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