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CRISE DOS MUNICÍPIOS
102 aderiram
Prefeituras de AL param por tributária e repasse
DA AGÊNCIA FOLHA
As 102 prefeituras do Estado de
Alagoas ficaram fechadas ontem
para protestar contra a queda no
FPM (Fundo de Participação dos
Municípios) e para pressionar o
governo federal e os congressistas
por uma reforma tributária mais
favorável aos municípios.
Em Maceió, apenas o atendimento à população feito pelo gabinete da prefeita não funcionou.
Segundo a presidente da AMA
(Associação dos Municípios de
Alagoas), Rosiana Brandão, só
saúde e a limpeza pública funcionaram nas outras cidades. A
AMA pede a transformação das
contribuições sociais em impostos para que a arrecadação seja dividida com Estados e municípios.
O governador do Estado, Ronaldo Lessa (PSB), participou ontem de uma reunião com 89 prefeitos e se ofereceu como interlocutor com o governo federal. A
prefeita de Maceió, Kátia Born
(PSB), coordenadora da FNP
(Frente Nacional de Prefeitos)
-que reúne os prefeitos das capitais-, está em Brasília para tentar abrir discussão direta com o
Executivo sobre a tributária.
Para a prefeita, não há disposição de negociar a reforma junto
com os Estados. "Na reforma tributária, ninguém quer perder. Estamos com uma agenda separada." O presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski (PMDB-RS), disse que os prefeitos vão
continuar priorizando a articulação de forma independente dos
governadores.
(SÍLVIA FREIRE)
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