|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Ligações se deram por razão comercial, dizem 2 deputados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
José Janene (PP-PR) e Sandro Mabel (PL-GO) disseram
que os telefonemas da empresa
SMPB devem-se a tentativas de
contratos publicitários. Janene
acrescentou que falou com
Marcos Valério, então sócio da
agência, sobre indicações do
PP a cargos do governo.
"O Valério tinha muito prestígio no governo. Ele ligava para muita gente. Entre outros assuntos, tratamos de possíveis
serviços dele para campanhas
do PP. Também queria saber
sobre pessoas que o PP indicava para cargos no governo."
Segundo Janene, deve haver
também muitas ligações de
pessoas do PP para Valério.
"Isso acontecia porque ele detinha contas publicitárias de estatais importantes e muitos de
nós o consultávamos sobre patrocínios esportivos etc.".
Segundo Mabel, as ligações
para seu gabinete devem-se a
tentativas do filho de um conhecido de sua família oferecer
serviços da SMPB para sua fábrica de biscoitos. Procurado,
disse primeiro que não fazia
idéia do motivo das ligações.
Depois, atribuiu a uma provável tentativa de contato para
tratar de assuntos comerciais
de sua fábrica. Em seguida,
lembrou-se de que o filho de
um amigo de sua família fizera
os contatos para oferecer serviços de marketing.
Professor Luizinho não respondeu ao recado deixado na
secretária eletrônica de seu celular. Na defesa entregue à CPI,
ele disse que os R$ 20 mil sacados por seu assessor foram usados em "campanhas de vereadores". "O deputado diz que
nunca recebeu aporte financeiro para a campanha de 2002, ou
as demais, por meio das instâncias partidárias ou de seus dirigentes. Jamais teve conhecimento da existência do suposto
"mensalão'", diz o texto no relatório parcial da CPI.
Texto Anterior: Escândalo do "mensalão"/ CPI dos correios: Deputados ligaram para SMPB de 2003 a 2005 Próximo Texto: Caso Maluf: Polícia concede regalias a Maluf na prisão Índice
|