São Paulo, segunda-feira, 12 de setembro de 2005

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OUTRO LADO

Ligações se deram por razão comercial, dizem 2 deputados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

José Janene (PP-PR) e Sandro Mabel (PL-GO) disseram que os telefonemas da empresa SMPB devem-se a tentativas de contratos publicitários. Janene acrescentou que falou com Marcos Valério, então sócio da agência, sobre indicações do PP a cargos do governo.
"O Valério tinha muito prestígio no governo. Ele ligava para muita gente. Entre outros assuntos, tratamos de possíveis serviços dele para campanhas do PP. Também queria saber sobre pessoas que o PP indicava para cargos no governo."
Segundo Janene, deve haver também muitas ligações de pessoas do PP para Valério. "Isso acontecia porque ele detinha contas publicitárias de estatais importantes e muitos de nós o consultávamos sobre patrocínios esportivos etc.".
Segundo Mabel, as ligações para seu gabinete devem-se a tentativas do filho de um conhecido de sua família oferecer serviços da SMPB para sua fábrica de biscoitos. Procurado, disse primeiro que não fazia idéia do motivo das ligações.
Depois, atribuiu a uma provável tentativa de contato para tratar de assuntos comerciais de sua fábrica. Em seguida, lembrou-se de que o filho de um amigo de sua família fizera os contatos para oferecer serviços de marketing.
Professor Luizinho não respondeu ao recado deixado na secretária eletrônica de seu celular. Na defesa entregue à CPI, ele disse que os R$ 20 mil sacados por seu assessor foram usados em "campanhas de vereadores". "O deputado diz que nunca recebeu aporte financeiro para a campanha de 2002, ou as demais, por meio das instâncias partidárias ou de seus dirigentes. Jamais teve conhecimento da existência do suposto "mensalão'", diz o texto no relatório parcial da CPI.

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