São Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

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Tucano ironiza preocupação com pleito municipal

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em resposta aos comentários de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PSDB, José Serra, afirmou que considera "surpreendente que o presidente da República encontre tempo e considere apropriado debater política eleitoral municipal".
Anteontem, o presidente havia dito que Serra não disputará a Prefeitura de São Paulo neste ano porque sabe "que vai perder". O presidente do PSDB comentou: "Tomara que ele [Lula] encontre tempo também para debater de forma séria o flagelo do desemprego, a desativação do programa de erradicação do trabalho infantil ou essa estranha idéia de utilizar o fundo de garantia para socorrer os desabrigados da chuva". Serra, porém, não afirmou se será ou não candidato.
Na Câmara dos Deputados, as declarações de Lula "de que o caminho natural é o país ter apenas dois ou três partidos" foram recebidas como sinal de que o governo quer agilizar o debate sobre a reforma política.
"Essa declaração é de quem quer fazer uma reforma política, mas não confere com nada que o governo já fez sobre o assunto", disse o líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), que ironizou a também sugerida aproximação entre PT e PSDB. "Pode ser que Lula esteja querendo se qualificar como social-democrata. Ainda bem que não se referiu ao PFL, porque eu não quero ficar do lado dele."
O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Jr. (BA), disse que uma aliança entre PT e PSDB hoje seria "um desserviço ao país" e que a "reforma política só avançará se o governo quiser".
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), segundo sua assessoria, disse que as declarações de Lula fazem sentido, mas que a idéia da junção de partidos deve esperar a reforma política.
O deputado Professor Luizinho (PT-SP), um dos vice-líderes do governo, afirmou que "a aproximação entre PT e PSDB é possível se eles [tucanos] recompuserem o direcionamento da legenda do centro para a esquerda". Por meio de sua assessoria, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado, afirmou que não é possível fazer projeções de longo prazo.


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