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ACM é assediado por senadores depois de sessão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) participou da sessão em que seu partido conseguiu impedir a votação da MP da dívida dos pequenos agricultores e, com isso, evitou a eleição dos novos
integrantes do Conselho de Ética do Senado.
Cercado por pefelistas,
acompanhou as discussões
sentado em seu lugar no plenário, sorrindo muitas vezes. Ao
final da sessão, vários senadores foram cumprimentar ACM,
inclusive de outros partidos,
como Siqueira Campos
(PSDB-TO) e Gilberto Mestrinho (PMDB-AM).
Aos poucos, o senador baiano vai retomando suas atividades no Senado. Pela manhã,
participou da discussão na CCJ
(Comissão de Constituição e
Justiça) sobre proposta do senador Almeida Lima (PDT-SE)
de aprovação de voto de censura ao ministro José Graziano
(Segurança Alimentar), por
causa de uma declaração considerada discriminatória contra
os nordestinos. Não fez nenhum pronunciamento, mas
recebeu do líder do governo,
Aloizio Mercadante (PT-SP),
cumprimentos e tapinha nas
costas. Com o ex-governador
Tasso Jereissati (PSDB-CE),
conversou alguns minutos.
ACM reapareceu no Senado
na quinta-feira, após duas semanas ausente de Brasília,
mais magro e abatido. Ele tem
se negado a falar sobre as acusações do sua suposta participação nos grampos ilegais telefônicos da Bahia.
"Só falarei sobre esse assunto
na hora que julgar própria e me
for conveniente e no órgão próprio", afirmou na quinta-feira.
O senador foi orientado por
seus advogados a não dar declarações sobre o caso da escuta ilegal, para evitar a eventualidade de cair em contradição
-que poderia ser apontado
como quebra de decoro parlamentar, dando respaldo a um
processo no Conselho de Ética
e Decoro Parlamentar. Na
quinta, ACM havia planejado
discursar no plenário sobre a
reforma da Previdência, mas
desistiu para -segundo ele-
não ser acusado de "querer
desviar de qualquer assunto".
Anteontem, o PT conseguiu
apoio do PMDB para que o
Conselho de Ética iniciasse hoje sindicância para apurar o suposto envolvimento de ACM nos grampos. Com isso, a bancada petista descartou entrar
com a representação pedindo a
cassação. No acordo costurado, os petistas concordaram
em não requisitar o afastamento do senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), presidente
do conselho, a quem acusavam
de parcialidade pró-ACM
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