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São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2003

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ACM é assediado por senadores depois de sessão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) participou da sessão em que seu partido conseguiu impedir a votação da MP da dívida dos pequenos agricultores e, com isso, evitou a eleição dos novos integrantes do Conselho de Ética do Senado.
Cercado por pefelistas, acompanhou as discussões sentado em seu lugar no plenário, sorrindo muitas vezes. Ao final da sessão, vários senadores foram cumprimentar ACM, inclusive de outros partidos, como Siqueira Campos (PSDB-TO) e Gilberto Mestrinho (PMDB-AM).
Aos poucos, o senador baiano vai retomando suas atividades no Senado. Pela manhã, participou da discussão na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) sobre proposta do senador Almeida Lima (PDT-SE) de aprovação de voto de censura ao ministro José Graziano (Segurança Alimentar), por causa de uma declaração considerada discriminatória contra os nordestinos. Não fez nenhum pronunciamento, mas recebeu do líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), cumprimentos e tapinha nas costas. Com o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB-CE), conversou alguns minutos.
ACM reapareceu no Senado na quinta-feira, após duas semanas ausente de Brasília, mais magro e abatido. Ele tem se negado a falar sobre as acusações do sua suposta participação nos grampos ilegais telefônicos da Bahia.
"Só falarei sobre esse assunto na hora que julgar própria e me for conveniente e no órgão próprio", afirmou na quinta-feira.
O senador foi orientado por seus advogados a não dar declarações sobre o caso da escuta ilegal, para evitar a eventualidade de cair em contradição -que poderia ser apontado como quebra de decoro parlamentar, dando respaldo a um processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Na quinta, ACM havia planejado discursar no plenário sobre a reforma da Previdência, mas desistiu para -segundo ele- não ser acusado de "querer desviar de qualquer assunto".
Anteontem, o PT conseguiu apoio do PMDB para que o Conselho de Ética iniciasse hoje sindicância para apurar o suposto envolvimento de ACM nos grampos. Com isso, a bancada petista descartou entrar com a representação pedindo a cassação. No acordo costurado, os petistas concordaram em não requisitar o afastamento do senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), presidente do conselho, a quem acusavam de parcialidade pró-ACM


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