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Rossetto evita fazer críticas às ações
e ameaças de novas invasões do MST
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, afirmou ontem que o governo não está preocupado com as promessas
do MST de intensificar as invasões de terra a partir de abril.
O ministro falou ontem sobre
questões agrárias para um grupo
de prefeitos reunidos na 6ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Rossetto evitou polemizar sobre as ameaças de invasões e
se negou a comentar as últimas
ações do movimento.
Questionado se o governo estava preocupado com a radicalização do MST e com o aumento das
invasões, respondeu: "Não". "Os
movimentos são autônomos e
respondem por suas iniciativas.
Não cabe a um governo permanentemente comentar ou dar opinião sobre a conduta deles", disse.
"Não trabalho com esse cenário
[de radicalização]."
Rossetto não comentou a declaração do presidente da UDR no
noroeste do Paraná, Marcos Prochet, de que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária) "é o braço político do
MST dentro do governo Lula".
Sobre outro tema polêmico, a
revogação ou não da medida provisória que proíbe a desapropriação de terras invadidas, Rossetto
informou que o ministério ainda
está estudando uma saída. Não há
prazo para a decisão.
O presidente do Incra, Marcelo
Resende, chegou a defender a revogação da medida. Rossetto não
quis polemizar com Resende. Até
sair a decisão, o governo continuará seguindo o que manda a
MP e as decisões judiciais de reintegração de posse.
O governo estaria apostando na
"reorganização" do Incra para
apaziguar os ânimos dos sem-terra. Mas o ministro negou que o
MST tenha interferido nas escolhas dos cargos de direção. Disse
que as indicações foram de sua
responsabilidade e de Lula.
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