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São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2003

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Rossetto evita fazer críticas às ações e ameaças de novas invasões do MST

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, afirmou ontem que o governo não está preocupado com as promessas do MST de intensificar as invasões de terra a partir de abril.
O ministro falou ontem sobre questões agrárias para um grupo de prefeitos reunidos na 6ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Rossetto evitou polemizar sobre as ameaças de invasões e se negou a comentar as últimas ações do movimento.
Questionado se o governo estava preocupado com a radicalização do MST e com o aumento das invasões, respondeu: "Não". "Os movimentos são autônomos e respondem por suas iniciativas. Não cabe a um governo permanentemente comentar ou dar opinião sobre a conduta deles", disse. "Não trabalho com esse cenário [de radicalização]."
Rossetto não comentou a declaração do presidente da UDR no noroeste do Paraná, Marcos Prochet, de que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) "é o braço político do MST dentro do governo Lula".
Sobre outro tema polêmico, a revogação ou não da medida provisória que proíbe a desapropriação de terras invadidas, Rossetto informou que o ministério ainda está estudando uma saída. Não há prazo para a decisão.
O presidente do Incra, Marcelo Resende, chegou a defender a revogação da medida. Rossetto não quis polemizar com Resende. Até sair a decisão, o governo continuará seguindo o que manda a MP e as decisões judiciais de reintegração de posse.
O governo estaria apostando na "reorganização" do Incra para apaziguar os ânimos dos sem-terra. Mas o ministro negou que o MST tenha interferido nas escolhas dos cargos de direção. Disse que as indicações foram de sua responsabilidade e de Lula.


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