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FHC reage
à indicação
de Temer
da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso reagiu à intenção de setores do PMDB de indicar o presidente da Câmara,
Michel Temer (SP), para assumir o Ministério da Justiça em
fevereiro de 2001, quando deixa a presidência da Casa.
Segundo FHC, o Ministério
da Justiça foi "despartidarizado e despolitizado". Desde que
o presidente nomeou o ex-ministro José Carlos Dias em julho do ano passado, a pasta
passou a ser considerada parte
da "cota pessoal" de FHC.
O presidente disse que a indicação de Dias para a sucessão
do peemedebista Renan Calheiros "foi a sinalização" dessa
mudança "agora reforçada"
com a nomeação de José Gregori -seu amigo pessoal.
Desde o início do primeiro
mandato de FHC, o Ministério
da Justiça havia sido comandado por três peemedebistas.
"O Gregori foi nomeado e vai
ficar até o final do mandato",
afirmou o presidente. Segundo
assessores, ele disse acreditar
que não tenha sido o próprio
Temer quem reivindicou a pasta para si, mas alguma liderança do partido. "Isso não é coisa
do Temer", disse FHC.
Com a reação, o presidente
tenta frear a disputa dos aliados
por cargos no primeiro escalão.
Uma nova reforma ministerial
é esperada para depois das eleições municipais de outubro.
A cúpula do PMDB também
trabalhou ontem para conter
especulações sobre mudanças
na Esplanada.
Amigos do presidente da Câmara encamparam ontem a
versão de que Temer não pleiteia o Ministério da Justiça. O
deputado pretende concorrer
ao governo de São Paulo nas
eleições de 2002. Para isso, teria
de sair do ministério em abril,
seis meses antes da eleição.
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