São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 2000


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FHC reage à indicação de Temer

da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso reagiu à intenção de setores do PMDB de indicar o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), para assumir o Ministério da Justiça em fevereiro de 2001, quando deixa a presidência da Casa.
Segundo FHC, o Ministério da Justiça foi "despartidarizado e despolitizado". Desde que o presidente nomeou o ex-ministro José Carlos Dias em julho do ano passado, a pasta passou a ser considerada parte da "cota pessoal" de FHC.
O presidente disse que a indicação de Dias para a sucessão do peemedebista Renan Calheiros "foi a sinalização" dessa mudança "agora reforçada" com a nomeação de José Gregori -seu amigo pessoal.
Desde o início do primeiro mandato de FHC, o Ministério da Justiça havia sido comandado por três peemedebistas.
"O Gregori foi nomeado e vai ficar até o final do mandato", afirmou o presidente. Segundo assessores, ele disse acreditar que não tenha sido o próprio Temer quem reivindicou a pasta para si, mas alguma liderança do partido. "Isso não é coisa do Temer", disse FHC.
Com a reação, o presidente tenta frear a disputa dos aliados por cargos no primeiro escalão. Uma nova reforma ministerial é esperada para depois das eleições municipais de outubro.
A cúpula do PMDB também trabalhou ontem para conter especulações sobre mudanças na Esplanada.
Amigos do presidente da Câmara encamparam ontem a versão de que Temer não pleiteia o Ministério da Justiça. O deputado pretende concorrer ao governo de São Paulo nas eleições de 2002. Para isso, teria de sair do ministério em abril, seis meses antes da eleição.


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