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"Igreja ajuda
genocídio",
diz índio
da Sucursal de Brasília
O índio Álvaro Tukano
causou constrangimento
ontem ao afirmar, em plena
sede da CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil), que a igreja "tem contribuído com o genocídio dos
povos indígenas".
Álvaro Tukano afirmou
que não pretendia "ofender"
nenhum bispo e reconheceu
como "muito importante" o
papel da Igreja Católica, mas
exigiu mudanças.
"Até hoje a igreja continua
trocando nossos nomes por
nomes cristãos. A evangelização precisa respeitar nossas tradições e nossa autonomia", afirmou o líder indígena, que é secretário do
Conselho Nacional dos Povos Indígenas do Brasil.
Pouco antes, o secretário-geral da CNBB, d. Raymundo Damasceno, e o presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), d.
Franco Masserdotti, haviam
feito uma autocrítica sobre o
papel da Igreja Católica na
colonização.
"A igreja pede perdão a
Deus pelos seus pecados",
disse d. Raymundo, em entrevista coletiva.
Também se referindo ao
passado, o presidente do Cimi disse que não é possível
esquecer a ligação "entre a
cruz dos missionários e a espada dos colonizadores".
Segundo d. Franco, houve
"omissão e conivência" por
parte da igreja.
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