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SAÚDE MINISTERIAL
Quadro desaconselha tentativa
Médicos de Motta
negam transplante
da Reportagem Local
Os médicos responsáveis pelo
tratamento do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, 57,
descartaram ontem a possibilidade de realização de um transplante
de pulmões.
Boletim médico, divulgado às
13h, encerrou as especulações de
uma cirurgia desse tipo, seja com
uma equipe de norte-americanos
de Denver (EUA) ou com médicos
da Santa Casa de Misericórdia de
Porto Alegre .
"O quadro pulmonar diagnosticado trata-se de uma agudização
(de origem infecciosa) que se instalou sobre um processo intersticial pulmonar crônico, sendo que
o transplante de pulmão não é utilizado como terapêutica nesta situação", afirma o boletim assinado pelos médicos Bernardino
Tranchesi Jr., Carlos Carvalho,
Carmen Valente Barbas e José
Henrique Germann Ferreira.
O pneumologista norte-americano Marvin Schwarz, que cuidou
do ministro em Denver, afirmou
anteontem que o transplante foi
estudado quando o ministro fez
exames na cidade norte-americano há um mês, o que havia sido
negado pelos médicos de Motta.
Segundo a Folha apurou, a idade
e os problemas cardíacos sofridos
pelo ministro já desaconselhavam
qualquer tentativa de transplante.
A infecção manifestada nos últimos dias tornou impossível uma
ação desse tipo.
O estado geral de Motta "vem
evoluindo com estabilidade dos
parâmetros respiratórios e cardiovasculares" nas últimas 48 horas,
conforme o boletim de ontem.
O ministro continua sedado,
respirando artificialmente e vem
sendo medicado com drogas antiinfecciosas e antiinflamatórias.
Sérgio Motta completou o quinto dia de internação no Hospital
Israelita Albert Einstein.
Ontem, especulou-se sobre uma
visita do presidente Fernando
Henrique Cardoso, que estava em
seu sítio em Ibiúna (a 70 km de
São Paulo), ao ministro. Mas FHC
chegou à capital de helicóptero e
embarcou direto para Brasília às
17h sem ir ao hospital.
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