São Paulo, segunda, 13 de abril de 1998

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SAÚDE MINISTERIAL
Quadro desaconselha tentativa
Médicos de Motta negam transplante

da Reportagem Local

Os médicos responsáveis pelo tratamento do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, 57, descartaram ontem a possibilidade de realização de um transplante de pulmões.
Boletim médico, divulgado às 13h, encerrou as especulações de uma cirurgia desse tipo, seja com uma equipe de norte-americanos de Denver (EUA) ou com médicos da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre .
"O quadro pulmonar diagnosticado trata-se de uma agudização (de origem infecciosa) que se instalou sobre um processo intersticial pulmonar crônico, sendo que o transplante de pulmão não é utilizado como terapêutica nesta situação", afirma o boletim assinado pelos médicos Bernardino Tranchesi Jr., Carlos Carvalho, Carmen Valente Barbas e José Henrique Germann Ferreira.
O pneumologista norte-americano Marvin Schwarz, que cuidou do ministro em Denver, afirmou anteontem que o transplante foi estudado quando o ministro fez exames na cidade norte-americano há um mês, o que havia sido negado pelos médicos de Motta.
Segundo a Folha apurou, a idade e os problemas cardíacos sofridos pelo ministro já desaconselhavam qualquer tentativa de transplante. A infecção manifestada nos últimos dias tornou impossível uma ação desse tipo.
O estado geral de Motta "vem evoluindo com estabilidade dos parâmetros respiratórios e cardiovasculares" nas últimas 48 horas, conforme o boletim de ontem.
O ministro continua sedado, respirando artificialmente e vem sendo medicado com drogas antiinfecciosas e antiinflamatórias.
Sérgio Motta completou o quinto dia de internação no Hospital Israelita Albert Einstein.
Ontem, especulou-se sobre uma visita do presidente Fernando Henrique Cardoso, que estava em seu sítio em Ibiúna (a 70 km de São Paulo), ao ministro. Mas FHC chegou à capital de helicóptero e embarcou direto para Brasília às 17h sem ir ao hospital.



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