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EM ALAGOAS
Encontradas novas manchas de sangue no quarto do empresário
Corpo de namorada de PC é
exumado pela segunda vez
ARI CIPOLA
da Agência Folha , em Maceió
Manchas de
sangue encontradas no final
de semana pela
equipe de peritos nomeados
para fazer novos
laudos sobre as
mortes de Paulo César Farias e da
namorada dele, Suzana Marcolino, levantam novas suspeitas de
que a cena do crime pode ter sido
montada.
A Agência Folha apurou que as
manchas de sangue foram encontradas no criado-mudo do quarto.
Os peritos vasculharam, com o auxílio de lupas, todas as dependências do quarto onde os corpos foram encontrados no dia 23 de junho passado.
O perito Domingos Tochetto,
professor de criminalística da
UFRS (Universidade Federal do
Rio Grande do Sul), recolheu
amostras do sangue e está enviando o material para exame de DNA.
O exame de DNA vai definir de
quem é o sangue encontrado no
criado-mudo. O móvel estaria a
uma distância que o sangue espirrado por Suzana não o atingiria, na
análise preliminar do perito.
Tochetto já solicitou ao juiz do
caso, Alberto Jorge Correa, uma
nova inspeção na casa para detalhar melhor os novos indícios.
Na versão oficial, preparada pela
polícia alagoana e pela equipe do
legista Fortunato Badan Palhares,
da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), há a localização e descrição de 32 manchas de
sangue na cena do crime.
Nenhuma delas está no criado-mudo. O laudo oficial diz ainda
que as manchas de sangue encontradas no quarto são todas de Marcolino e que a gordura teria impedido que PC sangrasse antes de ser
virado na cama.
A equipe, integrada também pelos legistas Genival Veloso de
França e Daniel Romero Munhoz,
que pretendia ficar apenas cinco
dias em Maceió (AL), também já
definiu que precisará mais tempo
para concluir o trabalho.
Às 5h da manhã de ontem, o corpo de Marcolino foi exumado pela
segunda vez.
Os legistas França e Munhoz tiveram de concentrar suas atenções
nas denúncias feitas pelo legista
alagoano, de que Marcolino teria
sido estrangulada.
Estrangulamento
O suposto estrangulamento de
Marcolino só pode ser confirmado
com radiografias. Porém, no sábado, quando soube que Marcolino
seria exumada, Badan Palhares telefonou para o juiz e informou que
o osso hióide estava na Unicamp.
Os peritos pediram o osso, que
fica na base da língua. Os sinais de
estrangulamento ficam no hióide.
Sanguinetti viu apenas imagens de
vídeo para afirmar que o osso tinha "sinais de estrangulamento".
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