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EM RECIFE

Todos os servidores que exerciam cargos comissionados ou funções gratificadas na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) foram exonerados. A lista com os nomes foi publicada no "Diário Oficial" no último dia 11.
O secretário especial do Ministério da Integração Nacional e ex-superintendente da Sudene, Wagner Bittencourt, afirmou que foram afastados 101 funcionários comissionados e 170 com funções gratificadas.
Ele disse acreditar que, nesta semana, as pessoas exoneradas e que são concursadas sejam nomeadas para o Ministério do Planejamento e, em seguida, colocadas à disposição do Ministério da Integração Nacional, como está previsto na medida provisória 2.145.

Extinção
A MP 2.145, publicada em 2 de maio, extingue a Sudene e cria a Adene (Agência de Desenvolvimento do Nordeste).
A única nomeação na lista do "Diário Oficial" foi a do ex-assessor do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior José Armando de Aguiar Carrazedo Taddei.
Carrazedo exercerá a função de diretor no órgão do Ministério da Integração Nacional que assumiu temporariamente as funções da extinta autarquia.
Bittencourt afirmou que Carrazedo não terá um cargo específico, mas irá auxiliá-lo no processo de transição.
O presidente da Associação dos Servidores da Sudene (ASA), José Eleno da Silva, disse que a assessoria jurídica da entidade vai analisar a exoneração e, se houver prejuízo para os funcionários, ingressará com a uma ação na Justiça.
"Nós já estávamos esperando pelas exonerações. Só não sabemos ainda quando é que os efetivos que foram exonerados serão nomeados novamente."

Protesto
No dia em que foi anunciada a extinção da Sudene, os funcionários do órgão em Recife fizeram um protesto e ocuparam corredores e a sala de espera do gabinete de Bittencourt, no 13º andar do prédio, na tentativa de interferir na decisão tomada pelo governo federal.
A Sudene foi criada por lei em 15 de dezembro de 1959, com o objetivo de promover o desenvolvimento da região.
O órgão atuava em 1.953 municípios dos nove Estados do Nordeste e do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
A Sudene, que chegou a ter 3.070 servidores na década de 60, gastou no ano passado R$ 76,4 milhões com o pagamento de seus servidores.
Em seus quase 42 anos de existência, a autarquia financiou 3.052 projetos, dos quais 2.164 foram concluídos, segundo dados oficiais.


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