DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O chefe da Casa Civil do governo do Paraná, Alceni Guerra, admite que o governador Jaime Lerner vive uma crise de popularidade e "desgaste pela decisão de vender a Copel". Alceni afirmou, porém, que o governador não irá mudar sua posição, "pois ele [Lerner" quer entregar o Paraná resolvido para seu sucessor".
Falando em nome de Lerner, Alceni minimizou acusações de haver esquema de escuta telefônica desde a sede do governo e disse que os ataques acontecem porque a atual gestão "é aberta, franca e transparente". Ele listou a posição do governo Lerner sobre as denúncias e crises:

Banestado Leasing - Para ele, o governo é o maior interessado em apurar responsabilidades. O assunto está no Tribunal de Justiça, e a decisão será do Judiciário, diz.

Desvios de dinheiro público para a campanha - A prestação de contas de 1998 foi aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Para Alceni, não existe nenhuma comprovação de desvios.

Afastamento da vice-governadora - O governo mantém todo apoio a Emília Belinati. "Não vivemos em uma monarquia, onde ser parente é assumir culpa. Emília tem todo apoio de Lerner."

Escuta telefônica - O governo criou uma Comissão Especial de Inquérito para apurar as denúncias. Lerner diz apoiar incondicionalmente Gerson Guelmann.

Fuga de aliados - Alceni diz que houve problemas de relacionamento com deputados aliados. Para ele, a base governista está refeita -até porque Lerner possui maioria na Assembléia.

Impeachment - Segundo o governo do Paraná, um pedido de impeachment só pode ocorrer depois de uma exaustiva investigação e comprovação de irregularidades. Para o Palácio do Iguaçu, o que existe hoje é pressão política e "inócua" da oposição.

Dívida estadual e privatização da Copel - O governo decidiu privatizar a Copel para equacionar seu endividamento. Segundo Alceni, Lerner acredita que irá recuperar sua popularidade assim que normalizar as finanças. (JM)


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