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PSDB dá ultimato para irmãos que apóiam CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PSDB deu um ultimato ontem aos senadores paranaenses
Álvaro e Osmar Dias. Eles têm até
a próxima terça-feira para retirar
as assinaturas do requerimento
da CPI da corrupção. Caso se recusem, serão expulsos.
O caminho para encurralar os
irmãos Dias foi a Executiva Nacional decidir, em reunião ontem,
fechar questão contra a CPI. Assim, qualquer tucano que referendar o pedido estará descumprindo uma decisão partidária e sujeito às punições previstas no estatuto. Com isso, a cúpula tucana tenta desarmar um eventual recurso
dos irmãos Dias contra a expulsão
e fortalece a posição do presidente
do partido, José Aníbal (SP).
Até ontem, os Dias diziam que
não podiam ser afastados do
PSDB porque não havia deliberação da legenda contra a CPI.
"O partido fechou questão contra essa CPI, que tem o propósito
de emparedar o governo e criar
um clima de ingovernabilidade.
Nenhum filiado do PSDB poderá
assinar a CPI", disse José Aníbal.
Ontem, Álvaro e Osmar Dias
disseram que não vão retirar as
assinaturas e criticaram a decisão
"retroativa" da Executiva.
"Como eu ia prever, há um mês,
que o partido fecharia questão
contra a CPI? Só se tivesse bola de
cristal. Nunca vi decisão retroativa", disse Osmar.
Álvaro Dias, que é pré-candidato ao governo do Paraná, pretende recorrer da decisão. "Eu não
saio do PSDB e não retiro a assinatura", afirmou.
Enquanto Osmar já estuda convites de outros partidos e diz que
não pretende recorrer para ficar
no partido, Álvaro quer ir até a
Justiça para se manter na legenda.
"O partido não vai me levar à
desmoralização nem a afrontar a
opinião pública", disse Álvaro.
Participaram da reunião de ontem os governadores Tasso Jereissati (CE), Almir Gabriel (PA) e
Marconi Perillo (GO), o ministro
Paulo Renato Souza (Educação),
seis senadores e sete deputados.
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