São Paulo, sábado, 13 de julho de 2002

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Para Maluf, Serra é o maior crítico de FHC

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Além do governador Geraldo Alckmin (PSDB), seu habitual alvo, o candidato ao governo paulista Paulo Maluf (PPB) direcionou ontem seus ataques para o governo federal, responsabilizando-o pelo "1,8 milhão de desempregados da Grande São Paulo".
Para justificar seu argumento, Maluf se valeu das declarações do candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, que criticou os aumentos "abusivos" de gás praticados pela estatal Petrobras. Líder das pesquisas de intenção de voto, Maluf classificou Serra como o "maior crítico" do governo. "O próprio candidato do governo está sentindo que este é um mau governo, que precisa ser trocado."
Acompanhado pelo prefeito Beto Mansur (PPB), seu afilhado político, o pepebista fez campanha ontem em Santos, mas não foi às ruas. Depois de visitar a Santa Casa, o candidato participou de quatro programas ao vivo em emissoras locais -duas de rádio e duas de televisão.
Na TV, Maluf se intitulou o "denominador comum" de todos os candidatos à Presidência. Como o PPB não disputa a eleição para presidente nem pertence a nenhuma coligação nacional, o ex-prefeito de São Paulo pediu votos para os eleitores de todos os partidos. "Pode votar em qualquer um, mas vote no Maluf para governador", afirmou.
Ao mesmo tempo em que atacou Alckmin -"não tem governador neste Estado"-, fez uma série de promessas de obras para a Baixada Santista: implantação de um pelotão da Rota, criação de uma universidade pública, instalação no porto de Santos de uma zona franca e injeção de dinheiro público nos hospitais locais.
O pepebista criticou os centros de ressocialização de presos criados pelo atual governo -"é motel cinco estrelas para bandido"- e prometeu "acabar" com o crime organizado em seis meses. "Ou não me chamo Paulo Maluf", disse. (FAUSTO SIQUEIRA)



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