DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria dos leitores da Folha aprova a forma como o jornal noticia informações sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e classifica o tom adotado como "crítico na medida certa", mostra pesquisa Datafolha.
A cobertura da Folha sobre o governo é apontada como ótima ou boa por 83% dos entrevistados, como regular por 12% e como ruim ou péssima por 3%.
O percentual dos que afirmam que o jornal tem posição crítica na medida certa em relação ao governo Lula atinge 64%. Para 22%, é menos crítico do que o necessário; e, para 13%, mais crítico do que deveria ser.
A pesquisa mostra que 67% dos leitores discordam total ou parcialmente de que a cobertura da Folha sobre o governo seja pessimista; 71% concordam que é fiel aos fatos; e 73% dizem que as críticas ao governo que o jornal veicula são pertinentes.
A administração Lula é aprovada por 38% dos leitores e reprovada por 16%. Para 43%, é regular.
Na comparação com pesquisa realizada em abril, a taxa de ótimo ou bom de Lula entre os leitores foi de 45% para 38%, e a de ruim ou péssimo passou de 10% para 16%. A margem de erro do levantamento é de seis pontos percentuais para mais ou para menos, o que relativiza as mudanças na avaliação do presidente Lula entre os leitores.
O governo Lula é classificado por 41% como igual ao de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Para 33%, a administração do petista é melhor do que a o tucano e, para 19%, pior.

Desemprego
Para 40% dos leitores, o jornal deveria ser mais crítico na cobertura de temas relativos ao desemprego e, para 41%, deveria ser mais crítico em relação às ações de segurança pública.
O leitor da Folha aponta como temas mais bem cobertos pelo jornal os relativos à área econômica (16%), ao Fome Zero (13%) e à reforma da Previdência (9%).
A pior cobertura ocorre em assuntos relacionados ao Fome Zero (6%) e à educação (5%), conforme avaliam.
O Datafolha questionou os leitores sobre temas que dominaram o noticiário dos primeiros seis meses da administração Lula, como a crise na base aliada do governo com os chamados radicais e o acirramento das invasões promovidas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
Dos entrevistados, 71% definiram como imparcial a cobertura da crise entre os radicais e o governo, e 22%, como tendenciosa. As reportagens sobre as ações do MST foram classificadas como imparciais por 65% e como tendenciosas por 29%.
O Datafolha ouviu, em 3 e 4 de julho, 328 leitores que recebem a edição na Grande São Paulo.


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