DA REPORTAGEM LOCAL

O comando da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) já previa ataques do candidato Fernando Morais (PMDB) no debate de anteontem à noite na TV Bandeirantes, mas não esperava que Antônio Cabrera (PTB) fosse tomar partido contra o governador.
A atitude crítica de Cabrera, da coligação que tem PDT e PPS, pode abrir uma crise na base do governo em São Paulo, Estado onde os dois partidos apóiam a administração de Geraldo Alckmin.
"As agressões de Cabrera foram desproporcionais à condição do PTB, que controla áreas importantes do governo", disse Walter Feldman (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa.
Cabrera criticou a atuação de Alckmin em áreas como educação e segurança. O governador chegou a pedir direito de resposta algumas vezes, sem sucesso.
"Morais estava no papel dele, mas Cabrera foi deselegante porque o PTB é governo em São Paulo", disse o deputado Duarte Nogueira (PSDB), líder do governo.
O governador, no entanto, preferiu evitar as críticas a Cabrera. "Desde que o partido dele decidiu lançar candidato próprio, é natural que ele faça isso." Alvo preferencial dos ataques, Alckmin disse achar que se saiu bem. "É na adversidade que se forjam os vencedores", declarou.

TV Cultura
A TV Cultura foi multada ontem pelo TRE-SP em R$ 21.282 por ter dispensado tratamento privilegiado ao governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB).
O juiz acolheu representação da coligação "Resolve São Paulo", (PPB-PL-PSDC-PTN), de Paulo Maluf, segundo a qual a TV Cultura havia favorecido o candidato tucano ao entrevistar somente o coordenador de campanha de Alckmin, no programa diário "Opinião Nacional", veiculado em 31 de julho.
O departamento de jornalismo da emissora informou que a TV Cultura deve decidir hoje se recorre da decisão ao TRE. JOSÉ ALBERTO BOMBIG


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