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São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2003

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Oposição e parte da base aliada rejeitam acerto

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

Parte dos líderes da base aliada na Câmara e a oposição não aceitam a proposta do governo de deixar o debate sobre a reforma tributária para o Senado.
Pelo acordo que está sendo costurado, os deputados federais aprovariam o parecer sobre a matéria sem entrar em questões polêmicas, além de se comprometerem a não mexer nas alterações feitas pelo Senado no texto quando ele voltasse para a Casa.
O compromisso político estaria condicionado à aprovação pelos senadores da reforma da Previdência nos moldes em que ela sair da Câmara. Se forem feitas alterações na proposta pelos senadores, elas têm que ser votadas novamente na Câmara. Isso poderia impedir a promulgação do projeto pelo governo ainda neste ano.
"A contenda da Previdência está resolvida na sociedade, foram meses de debate e houve até uma greve nacional. Seria plausível que o Senado não fizesse mudanças. Já o debate maior da tributária se daria no Senado. Estamos conversando com o presidente [do Senado, José] Sarney e com o líder [do PT no Senado, Aloizio] Mercadante", afirmou o deputado Professor Luizinho (PT-SP), um dos vice-líderes do governo.
O PPS e o PL afirmaram que não concordam com o procedimento. "Não tem como fazer isso. É equivocado pensar que a reforma tributária só interessa aos Estados, ela interessa a toda a sociedade", disse o líder do PPS, deputado Roberto Freire (PE).
A oposição, PFL e PSDB, também não dá margem para o acordo. "Não concordamos. A Câmara é a Casa do povo e vamos discutir isso aqui", afirmou o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA). Além de agilizar a tramitação das reformas, o objetivo do governo é não conduzir duas brigas ao mesmo tempo. (FK)


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