|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Oposição e parte
da base aliada
rejeitam acerto
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Parte dos líderes da base aliada
na Câmara e a oposição não aceitam a proposta do governo de
deixar o debate sobre a reforma
tributária para o Senado.
Pelo acordo que está sendo costurado, os deputados federais
aprovariam o parecer sobre a matéria sem entrar em questões polêmicas, além de se comprometerem a não mexer nas alterações
feitas pelo Senado no texto quando ele voltasse para a Casa.
O compromisso político estaria
condicionado à aprovação pelos
senadores da reforma da Previdência nos moldes em que ela sair
da Câmara. Se forem feitas alterações na proposta pelos senadores,
elas têm que ser votadas novamente na Câmara. Isso poderia
impedir a promulgação do projeto pelo governo ainda neste ano.
"A contenda da Previdência está resolvida na sociedade, foram
meses de debate e houve até uma
greve nacional. Seria plausível que
o Senado não fizesse mudanças.
Já o debate maior da tributária se
daria no Senado. Estamos conversando com o presidente [do Senado, José] Sarney e com o líder [do
PT no Senado, Aloizio] Mercadante", afirmou o deputado Professor Luizinho (PT-SP), um dos
vice-líderes do governo.
O PPS e o PL afirmaram que
não concordam com o procedimento. "Não tem como fazer isso.
É equivocado pensar que a reforma tributária só interessa aos Estados, ela interessa a toda a sociedade", disse o líder do PPS, deputado Roberto Freire (PE).
A oposição, PFL e PSDB, também não dá margem para o acordo. "Não concordamos. A Câmara é a Casa do povo e vamos discutir isso aqui", afirmou o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA). Além de agilizar a tramitação das reformas, o objetivo do
governo é não conduzir duas brigas ao mesmo tempo.
(FK)
Texto Anterior: Governo propõe acordo entre Casas para apressar reforma da Previdência Próximo Texto: Tributária pode ficar para 2004, diz Mercadante Índice
|