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Secretário vê aumento de tensão social
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, diz que o país vive um clima
de tensão social e que a preocupação no campo é com o aumento
nas milícias armadas contratadas
por fazendeiros e com a perda de
controle do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) sobre os acampados.
"Não há calma no Brasil na área
de segurança pública de maneira
geral, salvo algumas áreas muito
específicas", afirma Soares.
O Ministério da Justiça já tem o
levantamento da situação no
campo, que é mais preocupante
nas regiões Sul e Nordeste.
No Sul, os fazendeiros não têm
disposição para dialogar e se armam contra os sem-terra. No
Nordeste, são os sem-terra que
tenderiam à violência, com saques e depredações.
Os Estados que causam mais
preocupação, segundo Luiz
Eduardo Soares, são Alagoas, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco,
Rio Grande do Sul e São Paulo.
Segundo o secretário, que recebe informes da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência) e da Polícia Federal, a tensão é "fruto da
negligência" de outros governos.
"É uma situação que preocupa,
fruto da negligência do governo
há muitas décadas, e que não se
reverte em alguns meses", diz.
Reunido ontem em Brasília, o
Colégio Nacional de Secretários
Estaduais de Segurança Pública
divulgou uma nota pedindo "empenho" do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) na resolução
dos conflitos no campo.
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