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São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2003

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Secretário vê aumento de tensão social

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, diz que o país vive um clima de tensão social e que a preocupação no campo é com o aumento nas milícias armadas contratadas por fazendeiros e com a perda de controle do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) sobre os acampados.
"Não há calma no Brasil na área de segurança pública de maneira geral, salvo algumas áreas muito específicas", afirma Soares.
O Ministério da Justiça já tem o levantamento da situação no campo, que é mais preocupante nas regiões Sul e Nordeste.
No Sul, os fazendeiros não têm disposição para dialogar e se armam contra os sem-terra. No Nordeste, são os sem-terra que tenderiam à violência, com saques e depredações.
Os Estados que causam mais preocupação, segundo Luiz Eduardo Soares, são Alagoas, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Segundo o secretário, que recebe informes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e da Polícia Federal, a tensão é "fruto da negligência" de outros governos.
"É uma situação que preocupa, fruto da negligência do governo há muitas décadas, e que não se reverte em alguns meses", diz.
Reunido ontem em Brasília, o Colégio Nacional de Secretários Estaduais de Segurança Pública divulgou uma nota pedindo "empenho" do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) na resolução dos conflitos no campo.


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