RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), líder do bloco de oposição no Senado, respondeu ontem às críticas do governador de Santa Catarina, Espiridião Amin (PPB), ao fato de o PT ter permitido a aprovação no Senado da renegociação dos títulos de Alagoas com a União. Os papéis, no valor de R$ 1,16 bilhão, foram emitidos na gestão do ex-governador Divaldo Suruagy para pagar precatórios, que foram considerados ilegais pela Justiça e pelo Ministério Público de Alagoas.
Em carta enviada a Suplicy, Amin acusara o PT de permitir uma "falcatrua". Ele foi o único governador que anulou os títulos emitidos por antecessores para pagar precatórios falsos -episódio conhecido como "escândalo dos precatórios", investigado pela CPI dos Precatórios.
Da Suíça, onde está participando de um congresso, Suplicy enviou fax ao governador, reagindo às críticas. "Nem eu nem o PT compactuamos com falcatruas."
No fax, Suplicy diz que o PT não obstruiu a sessão para não prejudicar a votação de proposta que beneficiava o Rio Grande do Sul.
No caso gaúcho, a resolução aprovada no Senado permitirá que o governo estadual lance mão dos créditos que tem no Fundo de Compensação das Variações Salariais para amortizar sua dívida com a União.
Pela legislação atual, esses créditos só poderiam ser utilizados para quitar o saldo devedor com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).



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