DA AGÊNCIA FOLHA

A Justiça de Teodoro Sampaio negou ontem a revogação da prisão preventiva de José Rainha Jr., 41, líder dos sem-terra na região do Pontal do Paranapanema (oeste de SP), preso desde a quinta-feira da semana passada.
É a segunda decisão desfavorável para os advogados do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) naquela comarca. Recurso anterior, interposto antes da prisão do líder sem-terra, já fora negado.
O decreto de preventiva, do juiz Athis de Araújo Oliveira, partiu de uma petição do promotor Marcelo Creste, que argumenta que o MST impede o processo de reforma agrária na região.
Rainha e quatro líderes do MST -que estão foragidos- são réus em processo sob acusações de crimes contra a ordem pública e formação de quadrilha. Os advogados do MST vão agora recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Além disso, há no STJ (Superior Tribunal de Justiça) um pedido de habeas corpus para os cinco.
O presidente nacional do PT, José Dirceu, evitou ontem manifestar-se claramente em solidariedade a Rainha. "Ele tem advogado, está se defendendo". declarou Dirceu sobre o assunto.

Invasão
Em Sandovalina (SP), um acordo entre o MST e a PM adiou a retirada dos sem-terra que ocupam a fazenda Santa Fé. O prazo para a saída da área, fixado pela Justiça, venceu às 18h de ontem. O MST se compromete a deixar a fazenda entre segunda e terça-feira.


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