São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2005

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Na ONU, Lula volta a falar contra fome

FERNANDO CANZIAN
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca hoje em Nova York para participar da 60ª Assembléia Geral da ONU. Em dois dias, Lula fará três discursos e terá encontro com empresários norte-americanos no hotel Waldorf Astoria, onde ficará hospedado.
Lula chega da Guatemala acompanhado dos ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e, provavelmente, de Patrus Ananias (Desenvolvimento Humano).
Amanhã, Lula deverá defender a ampliação de mecanismos para financiar o combate à pobreza. No ano passado, o presidente sugeriu taxar fluxos de capitais e teve resposta negativa dos EUA.
Lula também participará amanhã de encontro em que defenderá a ampliação do Conselho de Segurança da ONU. A proposta é de interesse do G4, que reúne Brasil, Alemanha, Japão e Índia.

Reformas
Na quinta, Lula participa de café da manhã com empresários e, à tarde, discursa em encontro com cerca de 170 chefes de Estado e de governo. Na ocasião, defenderá uma série de reformas na ONU.
Dificilmente as mudanças de interesse do Brasil serão levadas adiante nesta assembléia. Os EUA são contra a ampliação do Conselho de Segurança e não querem se comprometer com o percentual de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) que alguns países almejam como mínimo para destinar verbas contra a pobreza.
A agenda norte-americana é voltada para o "enxugamento" da ONU. Os EUA fizeram cerca de 700 reparos ao texto que vinha sendo negociado entre os países-membros até a semana passada.
Lula terá também um encontro paralelo com os países que estiveram ao lado do Brasil no ano passado, em evento contra a fome e a pobreza mundiais. Além de França, Espanha e Chile, desta vez o grupo terá a participação da Alemanha e da Argélia.
Lula volta ao Brasil na quinta-feira à noite. O tradicional discurso feito pelo Brasil na reunião geral da assembléia, no sábado, desta vez será proferido por Celso Amorim.


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