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ESTADO DIVIDIDO
Governador cassado discursou em inauguração de penitenciária
Mão Santa "inaugura" obra no Piauí
ERILENE ARAÚJO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM TERESINA
O ex-governador do Piauí Francisco de Assis de Moraes Souza
(PMDB), o Mão Santa, discursou
em palanque ontem durante a
inauguração do complexo penitenciário de Esperantina (a 190
km de Teresina) para cerca de
3.000 pessoas, segundo a PM.
Durante cerca de 15 minutos, ele
falou da "injustiça" de sua cassação pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), no último dia 6, e dos
"desígnios de Deus" que levaram
a sua cassação. Disse ainda que o
governo não vai ser "roubado no
tapetão" e pediu a Deus que abençoasse o governador interino,
Kleber Eulálio (PMDB).
Mão Santa acompanhava Eulálio, seu aliado, que discursou depois. Eulálio disse que vai dar
continuidade às obras do governador cassado e que seu desejo é
que Mão Santa estivesse lá discursando como governador.
Ainda não existe definição de
quem será o próximo governador. Ontem, o "Diário da Justiça"
publicou o resultado da totalização dos votos feita no sábado pelo
TRE. Só no início da próxima semana o pleno do TRE deverá decidir se diploma Napoleão ou se
convoca uma nova eleição.
Horas antes de inaugurar a penitenciária, Eulálio anunciou que
irá suspender os investimentos
em obras no Estado para evitar
que falte dinheiro para pagar o salário do funcionalismo.
A categoria que mais está pressionando o governo é a dos policiais militares. Eles ameaçam entrar em greve por melhores salários, mas outros servidores também temem que falte dinheiro para o salário e para o 13º porque teria havido antecipação de pagamentos a fornecedores.
Eulálio nega os pagamentos antecipados, mas pede compreensão aos servidores, especialmente
aos policiais militares.
Arrombamento
O serviço de segurança do Senado está investigando suspeita de
arrombamento do gabinete da liderança do PFL na Casa na madrugada da última sexta-feira.
O gabinete pertence a Hugo Napoleão, que é líder do PFL no Senado. Nesse dia, o senador estava
no Piauí, para resolver a disputa
pelo governo. Segundo funcionários da liderança, há cerca de um
mês aconteceu a mesma coisa.
Colaboraram Alessandra Kormann, da
Agência Folha, e a Sucursal de Brasília
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